A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio respiratório grave caracterizado por interrupções repetidas na respiração durante o sono. Essas pausas ocorrem devido à obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores, geralmente pela flacidez dos músculos da garganta.
Esses episódios de apneia podem durar de alguns segundos a mais de um minuto e ocorrem diversas vezes ao longo da noite, fragmentando o sono e reduzindo significativamente a oxigenação do sangue.
Muitos pacientes não percebem que têm apneia, mas os sintomas durante o dia — como fadiga intensa, irritabilidade e dificuldade de concentração — denunciam que o corpo não está descansando como deveria.
A AOS é multifatorial e está associada a uma série de condições clínicas e comportamentais. Os principais fatores incluem:
Obesidade (especialmente gordura na região do pescoço);
Idade avançada;
Uso de álcool e sedativos antes de dormir;
Tabagismo;
Anomalias anatômicas (amígdalas grandes, desvio de septo, mandíbula retraída);
Histórico familiar de apneia;
Distúrbios hormonais, como hipotireoidismo.
A combinação desses fatores favorece o colapso das vias aéreas durante o sono, prejudicando a respiração e o ciclo natural do descanso.
A Apneia Obstrutiva do Sono pode passar despercebida por anos, especialmente em quem dorme sozinho. Os sintomas incluem:
Ronco alto e frequente;
Pausas respiratórias observadas por terceiros;
Despertar súbito com sensação de sufocamento;
Sono fragmentado e não reparador;
Sonolência excessiva durante o dia;
Irritabilidade, falta de memória e dificuldade de concentração;
Dor de cabeça matinal;
Boca seca ao acordar.
Esses sinais indicam que o organismo está em estado de alerta durante a noite — e que o descanso profundo está sendo interrompido sistematicamente.
O diagnóstico da apneia é clínico, complementado por exames específicos, principalmente a polissonografia — um estudo do sono que registra variáveis como frequência cardíaca, oxigenação, ronco e movimentos respiratórios.
É importante procurar ajuda médica quando:
O ronco for constante e perturbador;
Houver episódios de sufocamento ou apneias observadas por terceiros;
Persistirem sintomas de cansaço, sonolência e queda no desempenho diário;
Existirem doenças associadas como hipertensão ou arritmias.
Ignorar a AOS pode ter consequências graves e silenciosas.
A apneia do sono não tratada está relacionada a sérios problemas de saúde:
Hipertensão arterial resistente;
Doença arterial coronariana e infarto;
Arritmias cardíacas;
Acidente vascular cerebral (AVC);
Diabetes tipo 2;
Depressão e ansiedade;
Declínio cognitivo progressivo.
Além disso, o risco de acidentes de trânsito ou de trabalho aumenta significativamente devido à sonolência e ao reflexo prejudicado.
O tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono é individualizado e pode envolver:
Uso do CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas): considerado padrão-ouro, mantém as vias respiratórias abertas durante o sono;
Perda de peso;
Posicionamento adequado durante o sono (evitar decúbito dorsal);
Redução de álcool, tabaco e sedativos.
Aparelhos intraorais (indicados para casos leves a moderados);
Cirurgias (uvulopalatofaringoplastia, correção de desvio de septo);
Estimulação do nervo hipoglosso (em casos refratários);
Suporte psicológico e reeducação do sono.
A prevenção envolve a manutenção de hábitos saudáveis e o acompanhamento regular, especialmente em pacientes com fatores de risco. Recomenda-se:
Controle de peso e prática regular de exercícios físicos;
Rotina de sono adequada e ambiente propício para descanso;
Evitar automedicação com sedativos ou relaxantes musculares;
Monitoramento cardiovascular frequente;
Adesão ao tratamento com CPAP, quando indicado.
O sucesso do tratamento depende do comprometimento do paciente e do acompanhamento especializado.
A AOS afeta mais do que apenas o sono — impacta a disposição, o humor, os relacionamentos e a autoestima. Muitos pacientes se sentem frustrados com o cansaço constante, e a dificuldade de obter diagnóstico pode gerar sentimentos de desamparo.
Reconhecer que a apneia é uma condição tratável é o primeiro passo. O segundo é buscar ajuda e construir, junto à equipe médica, um caminho de cuidado, adaptação e melhora da qualidade de vida.
A Apneia Obstrutiva do Sono é uma condição comum, mas amplamente subdiagnosticada e subestimada. Ela rouba a vitalidade das noites e mina a saúde ao longo dos dias — muitas vezes sem ser percebida.
Por outro lado, o diagnóstico é acessível e o tratamento, eficaz. Com a abordagem certa, é possível recuperar o sono reparador, proteger o coração e restaurar a energia para a vida diária.
Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, nossa equipe especializada está pronta para ajudar você a respirar melhor, dormir com segurança e viver com mais disposição. Oferecemos exames completos, como a polissonografia, e acompanhamentos personalizados com neurologistas e especialistas em sono.
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A AOS é causada pelo colapso das vias aéreas superiores durante o sono, muitas vezes devido à flacidez muscular, excesso de peso, uso de sedativos, alterações anatômicas ou envelhecimento. Esses fatores dificultam a passagem do ar e interrompem a respiração.
Não. Embora o ronco seja um sintoma comum da AOS, nem todas as pessoas que roncam têm apneia. O sinal de alerta é quando o ronco é acompanhado de pausas respiratórias, sonolência diurna excessiva e cansaço ao acordar.
A cura depende da causa. Em casos leves, a perda de peso e mudanças no estilo de vida podem resolver o problema. Para casos moderados a graves, o tratamento com CPAP ou outras abordagens reduz significativamente os sintomas e riscos, mesmo que não elimine completamente a condição.
Deixar a AOS sem tratamento pode levar a sérias complicações, como hipertensão arterial, arritmias, infarto, AVC, diabetes tipo 2, depressão e aumento do risco de acidentes devido à sonolência excessiva.
O diagnóstico é feito principalmente por meio da polissonografia, um exame que monitora diversas funções durante o sono, como respiração, oxigenação, batimentos cardíacos e movimentos corporais. O neurologista avalia os resultados e indica o tratamento adequado.
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