A Demência Frontotemporal (DFT) é uma condição neurológica progressiva que afeta principalmente os lóbulos frontal e temporal do cérebro, áreas responsáveis pelo comportamento, tomada de decisões, linguagem e personalidade. Diferente do Alzheimer, que afeta inicialmente a memória, a DFT costuma se manifestar por mudanças bruscas de comportamento, alterações na linguagem ou dificuldade de empatia.
É uma das principais causas de demência em pessoas com menos de 65 anos, sendo frequentemente subdiagnosticada ou confundida com distúrbios psiquiátricos.
A DFT é um grupo de doenças neurodegenerativas que causam atrofia (redução) das regiões frontais e temporais do cérebro. Essas áreas são responsáveis por funções complexas, como controle do comportamento social, regulação emocional, linguagem e julgamento.
A condição pode se apresentar em diferentes formas clínicas:
Variante comportamental (DFT-VC): marcada por apatia, impulsividade, desinibição, mudanças de personalidade.
Afasia progressiva primária: com alterações na fala e compreensão da linguagem.
Variante semântica: perda progressiva da compreensão do significado das palavras.
A DFT tem causa multifatorial, podendo estar associada a mutações genéticas em alguns casos familiares.
A causa exata da DFT ainda não é totalmente compreendida, mas sabemos que ela envolve acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como tau, TDP-43 ou FUS, que levam à morte progressiva dos neurônios.
Fatores associados:
Histórico familiar de demência precoce
Mutações genéticas específicas (ex: nos genes MAPT, GRN, C9orf72)
Doenças neurodegenerativas associadas, como ELA (esclerose lateral amiotrófica)
Idade (mais comum entre 45 e 65 anos)
A forma de apresentação depende da região cerebral mais afetada:
Na variante comportamental:
Apatia e isolamento social
Comportamento impulsivo ou inadequado
Perda da empatia e da crítica
Alterações alimentares (compulsão, preferência por doces)
Negligência com higiene e autocuidado
Na variante de linguagem (afasia):
Dificuldade progressiva para nomear objetos ou entender palavras
Frases curtas e discurso empobrecido
Substituição de palavras por termos genéricos ou imprecisos
Com o tempo, podem surgir sintomas motores, incontinência, rigidez muscular e declínio cognitivo global.
O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história do paciente, evolução dos sintomas e avaliação neurológica. Exames complementares ajudam a excluir outras causas e a confirmar a suspeita.
Ressonância magnética cerebral: mostra atrofia nos lobos frontal e/ou temporal.
PET-CT cerebral: avalia o metabolismo das regiões afetadas.
Avaliação neuropsicológica completa: detecta padrões específicos de prejuízo.
Testes genéticos: em casos com histórico familiar.
O diagnóstico precoce é importante para orientar o tratamento e o suporte familiar.
Não há cura para a DFT, mas o tratamento visa controlar os sintomas, preservar a funcionalidade e oferecer suporte psicológico ao paciente e à família.
Medicações para controle de impulsividade, irritabilidade ou depressão (ex: antidepressivos ISRS)
Estimulação cognitiva e terapia ocupacional
Fonoaudiologia para alterações de linguagem
Suporte psicológico e educação para familiares
Acompanhamento multidisciplinar contínuo
A progressão da doença é variável, mas tende a ser lenta e contínua.
O impacto da DFT vai além do paciente. As mudanças comportamentais afetam profundamente o ambiente familiar, exigindo suporte emocional, reorganização da rotina e compreensão constante.
Apesar de não haver reversão, a intervenção precoce com equipe especializada pode melhorar significativamente a qualidade de vida e reduzir a sobrecarga dos cuidadores.
A Demência Frontotemporal é uma das demências mais desafiadoras, tanto pelo impacto precoce quanto pela forma como altera profundamente a personalidade e a interação social do paciente. Reconhecer os sinais iniciais, diferenciar de transtornos psiquiátricos e buscar apoio especializado são passos cruciais.
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A DFT afeta primeiro o comportamento e a linguagem, enquanto o Alzheimer começa com perda de memória. Além disso, a DFT costuma surgir em pacientes mais jovens.
Ainda não. O tratamento atual é sintomático e de suporte, mas ajuda a manter a qualidade de vida e reduzir os impactos no convívio familiar.
Cerca de 30 a 40% dos casos têm relação genética, especialmente quando há histórico familiar. Testes genéticos podem ser indicados.
Em geral, não. Um dos sintomas típicos é a falta de crítica e consciência sobre o próprio comportamento, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Sim, com a estrutura e o suporte certos. O envolvimento familiar, a educação sobre a doença e a orientação de equipe especializada são fundamentais.
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