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Doenças Neurodegenerativas

Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono - Doenças Neurodegenerativas - Demência Frontotemporal

Demencia Frontotemporal (DFT)


🧠Quando o comportamento muda antes da memória


 

1. Introdução

A Demência Frontotemporal (DFT) é uma condição neurológica progressiva que afeta principalmente os lóbulos frontal e temporal do cérebro, áreas responsáveis pelo comportamento, tomada de decisões, linguagem e personalidade. Diferente do Alzheimer, que afeta inicialmente a memória, a DFT costuma se manifestar por mudanças bruscas de comportamento, alterações na linguagem ou dificuldade de empatia.

É uma das principais causas de demência em pessoas com menos de 65 anos, sendo frequentemente subdiagnosticada ou confundida com distúrbios psiquiátricos.


 

2. O que é a Demência Frontotemporal?

A DFT é um grupo de doenças neurodegenerativas que causam atrofia (redução) das regiões frontais e temporais do cérebro. Essas áreas são responsáveis por funções complexas, como controle do comportamento social, regulação emocional, linguagem e julgamento.

A condição pode se apresentar em diferentes formas clínicas:

  • Variante comportamental (DFT-VC): marcada por apatia, impulsividade, desinibição, mudanças de personalidade.

  • Afasia progressiva primária: com alterações na fala e compreensão da linguagem.

  • Variante semântica: perda progressiva da compreensão do significado das palavras.

A DFT tem causa multifatorial, podendo estar associada a mutações genéticas em alguns casos familiares.


 

3. Causas e fatores associados

A causa exata da DFT ainda não é totalmente compreendida, mas sabemos que ela envolve acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como tau, TDP-43 ou FUS, que levam à morte progressiva dos neurônios.

Fatores associados:

  • Histórico familiar de demência precoce

  • Mutações genéticas específicas (ex: nos genes MAPT, GRN, C9orf72)

  • Doenças neurodegenerativas associadas, como ELA (esclerose lateral amiotrófica)

  • Idade (mais comum entre 45 e 65 anos)


 

4. Sintomas e evolução clínica

A forma de apresentação depende da região cerebral mais afetada:

Na variante comportamental:

  • Apatia e isolamento social

  • Comportamento impulsivo ou inadequado

  • Perda da empatia e da crítica

  • Alterações alimentares (compulsão, preferência por doces)

  • Negligência com higiene e autocuidado

Na variante de linguagem (afasia):

  • Dificuldade progressiva para nomear objetos ou entender palavras

  • Frases curtas e discurso empobrecido

  • Substituição de palavras por termos genéricos ou imprecisos

Com o tempo, podem surgir sintomas motores, incontinência, rigidez muscular e declínio cognitivo global.


 

5. Diagnóstico e exames

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na história do paciente, evolução dos sintomas e avaliação neurológica. Exames complementares ajudam a excluir outras causas e a confirmar a suspeita.

  • Ressonância magnética cerebral: mostra atrofia nos lobos frontal e/ou temporal.

  • PET-CT cerebral: avalia o metabolismo das regiões afetadas.

  • Avaliação neuropsicológica completa: detecta padrões específicos de prejuízo.

  • Testes genéticos: em casos com histórico familiar.

O diagnóstico precoce é importante para orientar o tratamento e o suporte familiar.


 

6. Tratamento e acompanhamento

Não há cura para a DFT, mas o tratamento visa controlar os sintomas, preservar a funcionalidade e oferecer suporte psicológico ao paciente e à família.

  • Medicações para controle de impulsividade, irritabilidade ou depressão (ex: antidepressivos ISRS)

  • Estimulação cognitiva e terapia ocupacional

  • Fonoaudiologia para alterações de linguagem

  • Suporte psicológico e educação para familiares

  • Acompanhamento multidisciplinar contínuo

A progressão da doença é variável, mas tende a ser lenta e contínua.


 

7. Prognóstico e impacto familiar

O impacto da DFT vai além do paciente. As mudanças comportamentais afetam profundamente o ambiente familiar, exigindo suporte emocional, reorganização da rotina e compreensão constante.

Apesar de não haver reversão, a intervenção precoce com equipe especializada pode melhorar significativamente a qualidade de vida e reduzir a sobrecarga dos cuidadores.


 

8. Conclusão

A Demência Frontotemporal é uma das demências mais desafiadoras, tanto pelo impacto precoce quanto pela forma como altera profundamente a personalidade e a interação social do paciente. Reconhecer os sinais iniciais, diferenciar de transtornos psiquiátricos e buscar apoio especializado são passos cruciais.

 


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Perguntas Frequentes sobre Demência Frontotemporal

Como a DFT se diferencia do Alzheimer❓ 

A DFT afeta primeiro o comportamento e a linguagem, enquanto o Alzheimer começa com perda de memória. Além disso, a DFT costuma surgir em pacientes mais jovens.

Existe tratamento para curar a DFT❓ 

Ainda não. O tratamento atual é sintomático e de suporte, mas ajuda a manter a qualidade de vida e reduzir os impactos no convívio familiar.

A DFT tem origem genética❓ 

Cerca de 30 a 40% dos casos têm relação genética, especialmente quando há histórico familiar. Testes genéticos podem ser indicados.

A pessoa com DFT percebe suas mudanças❓ 

Em geral, não. Um dos sintomas típicos é a falta de crítica e consciência sobre o próprio comportamento, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

É possível manter o paciente em casa❓ 

Sim, com a estrutura e o suporte certos. O envolvimento familiar, a educação sobre a doença e a orientação de equipe especializada são fundamentais.

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