Imagine uma criança ou jovem adulto saudável que, de repente, começa a apresentar febre, confusão mental, fraqueza no corpo e até convulsões. Esses podem ser os sinais de uma condição neurológica inflamatória chamada ADEM – Encefalomielite Disseminada Aguda. Embora seja rara, a ADEM exige diagnóstico rápido e tratamento imediato para evitar sequelas e garantir a recuperação.
A ADEM pertence ao grupo das doenças desmielinizantes, ou seja, danifica a mielina, a camada protetora que envolve os nervos do cérebro e da medula espinhal. Felizmente, com o cuidado certo, muitos pacientes têm boa recuperação.
A Encefalomielite Disseminada Aguda (ADEM) é uma doença inflamatória autoimune que afeta o sistema nervoso central, geralmente de forma súbita. Nela, o sistema imune ataca por engano a mielina, causando lesões difusas no cérebro e na medula espinhal.
É mais comum em crianças e adolescentes, mas também pode ocorrer em adultos. Costuma ser monofásica (apenas um episódio), embora existam casos recorrentes.
A ADEM costuma surgir após infecções virais ou vacinação recente, o que sugere uma resposta imunológica desregulada. Entre os principais fatores:
Infecções virais respiratórias ou gastrointestinais;
Pós-vacinação (raro, mas já descrito com algumas vacinas);
Predisposição genética (em casos mais recorrentes);
Disfunção imunológica não completamente compreendida.
Importante: A ADEM não é contagiosa e sua relação com vacinas é extremamente rara.
A ADEM se manifesta de forma aguda, com sintomas neurológicos múltiplos e difusos, incluindo:
Febre e mal-estar geral;
Confusão mental, sonolência ou alteração da consciência;
Dificuldade de equilíbrio e coordenação motora;
Fraqueza muscular em braços e pernas;
Convulsões;
Perda visual (em casos com neurite óptica associada);
Dor de cabeça intensa;
Vômitos;
Em casos graves: coma.
A evolução pode ser rápida, por isso é considerada uma emergência neurológica.
O diagnóstico é clínico, feito por um neurologista, com auxílio de exames que excluam outras causas:
Ressonância magnética (RM): mostra lesões extensas e mal definidas na substância branca cerebral;
Punção lombar (líquor): revela sinais de inflamação;
Exames de sangue e imagem: para descartar infecções, EM, NMO e MOGAD;
Avaliação neurológica completa.
O diagnóstico precoce ajuda a iniciar o tratamento antes que ocorram danos permanentes.
Corticosteroides intravenosos (metilprednisolona) por 3 a 5 dias;
Se não houver melhora: imunoglobulina endovenosa (IVIG) ou plasmaférese.
Fisioterapia motora e ocupacional;
Psicoterapia (principalmente em crianças);
Acompanhamento fonoaudiológico, se houver dificuldade na fala;
Apoio escolar para reintegração progressiva.
A maioria dos pacientes com ADEM se recupera bem, especialmente quando o tratamento é iniciado nas primeiras 72 horas. Crianças costumam ter prognóstico ainda mais favorável.
Em casos raros, podem persistir sequelas neurológicas leves a moderadas (como dificuldades motoras ou cognitivas), o que reforça a importância do acompanhamento pós-crise.
A ADEM afeta não apenas o corpo, mas toda a dinâmica emocional da família. O medo da perda cognitiva ou da regressão escolar pode gerar angústia — por isso, a escuta ativa, o apoio psicológico e a espiritualidade desempenham papel essencial na recuperação.
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?” (Salmo 27:1)
A ADEM é rara, mas exige atenção máxima. Sua apresentação rápida e agressiva requer diagnóstico ágil, tratamento imediato e reabilitação personalizada.
Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, contamos com neurologistas especializados em doenças desmielinizantes, preparados para acolher e tratar com excelência cada paciente.
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Não. ADEM é uma condição autoimune inflamatória aguda, geralmente com um único surto, enquanto a Esclerose Múltipla é crônica, progressiva e com múltiplos episódios ao longo da vida.
Na maioria dos casos, especialmente quando tratada rapidamente, os pacientes se recuperam totalmente. Mas em casos mais graves ou com atraso no tratamento, podem ocorrer sequelas neurológicas.
Não. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa.
Sim, muitas crianças retomam suas atividades escolares normalmente após o tratamento, embora em alguns casos seja necessário suporte pedagógico e adaptação no ritmo de aprendizado.
Geralmente, a ADEM é monofásica, ou seja, não volta. Porém, em raríssimos casos, pode haver novos surtos, sendo necessário acompanhamento contínuo com neurologista.
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