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Doenças Neurovasculares

AVC Isquêmico

🧠Quando o Cérebro Pede Socorro Silenciosamente


 

1. Introdução

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico é uma das emergências médicas mais frequentes e impactantes da neurologia. Também conhecido popularmente como “derrame cerebral”, esse tipo de AVC ocorre quando há obstrução de uma artéria que leva sangue ao cérebro, interrompendo o fornecimento de oxigênio e nutrientes essenciais às células nervosas.

Apesar de ser altamente prevenível, o AVC isquêmico ainda lidera as estatísticas de mortalidade e incapacidade no Brasil. Por isso, entender seus sinais de alerta, causas e formas de prevenção é fundamental para salvar vidas e reduzir o risco de sequelas permanentes. O atendimento rápido faz toda a diferença no prognóstico.


 

2. O que é o AVC isquêmico?

O AVC isquêmico ocorre quando um coágulo ou outra forma de obstrução impede que o sangue alcance determinada área do cérebro. Isso leva à morte das células nervosas em poucos minutos, o que pode gerar déficits motores, sensoriais ou cognitivos importantes, dependendo da área cerebral afetada.

As causas principais incluem:

  • Trombose cerebral: coágulo formado nas artérias do próprio cérebro.

  • Embolia: coágulo formado em outra parte do corpo (geralmente no coração) que migra para o cérebro.

  • Estenose arterial: estreitamento das artérias por acúmulo de placas de gordura.

Esse tipo de AVC representa aproximadamente 80% de todos os acidentes vasculares cerebrais.


 

3. Fatores de risco e causas associadas

Muitos dos fatores de risco do AVC isquêmico estão relacionados ao estilo de vida ou a condições médicas que podem ser controladas. Os principais incluem:

  • Hipertensão arterial (principal fator de risco)

  • Diabetes mellitus

  • Colesterol alto

  • Fumo e consumo excessivo de álcool

  • Obesidade e sedentarismo

  • Fibrilação atrial (arritmia cardíaca)

  • Histórico familiar de AVC ou doenças cardiovasculares

  • Uso de anticoncepcionais hormonais em mulheres fumantes

O controle desses fatores, aliado a exames regulares, reduz drasticamente o risco de um evento cerebral.


 

4. Sinais e sintomas de alerta

O AVC isquêmico geralmente se manifesta de forma súbita. Os sintomas clássicos são:

  • Fraqueza ou dormência em um lado do corpo (braço, perna ou rosto)

  • Dificuldade para falar ou compreender o que é dito

  • Alteração na visão (visão dupla ou perda visual)

  • Tontura e desequilíbrio

  • Cefaleia súbita e intensa (menos comum, mas possível)

  • Confusão mental ou alteração do nível de consciência

Um método simples para reconhecer o AVC é a sigla SAMU:

  • Sorriso torto

  • Abraço com um braço caído

  • Música (fala arrastada ou incompreensível)

  • Urgência: chame ajuda imediatamente

O atendimento nas primeiras horas após o início dos sintomas é crucial para evitar sequelas graves.


 

5. Diagnóstico e exames complementares

Assim que o paciente chega ao hospital, os médicos precisam diferenciar rapidamente o tipo de AVC, pois o tratamento do isquêmico é completamente diferente do hemorrágico.

Os principais exames incluem:

  • Tomografia de crânio sem contraste: primeira escolha para excluir hemorragia.

  • Ressonância magnética: identifica lesões isquêmicas precoces.

  • Angiotomografia: avalia vasos cerebrais e eventuais obstruções.

  • Eletrocardiograma (ECG): detecta arritmias cardíacas como a fibrilação atrial.

  • Exames laboratoriais: avaliam fatores de coagulação, glicemia, colesterol, entre outros.

O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico define as opções de tratamento disponíveis.


 

6. Tratamento e reabilitação

Se o paciente chega ao hospital em até 4h30 após o início dos sintomas, pode receber um medicamento trombolítico chamado alteplase, que dissolve o coágulo e restabelece o fluxo sanguíneo.

Outras formas de tratamento incluem:

  • Trombectomia mecânica: remoção do coágulo via cateter, indicada para casos específicos.

  • Controle rigoroso da pressão arterial e da glicose

  • Uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários

  • Reabilitação intensiva com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional

O acompanhamento multidisciplinar é essencial para a recuperação funcional do paciente.


 

7. Prognóstico e prevenção

O prognóstico do AVC isquêmico depende principalmente de três fatores: a gravidade inicial do quadro, a rapidez do atendimento e o início precoce da reabilitação. Em muitos casos, é possível recuperar-se parcial ou totalmente, especialmente se o tratamento for iniciado nas primeiras horas.

Para prevenir novos episódios, é necessário:

  • Manter controle rigoroso da pressão e glicemia

  • Parar de fumar

  • Praticar atividade física regular

  • Controlar o colesterol

  • Acompanhar possíveis arritmias com o cardiologista

  • Tomar corretamente as medicações prescritas

O papel da educação em saúde e do acompanhamento neurológico contínuo é decisivo para garantir uma boa qualidade de vida após o evento.


 

8. Conclusão

O AVC isquêmico é uma condição grave, mas tratável e, muitas vezes, evitável. O conhecimento dos sinais de alerta e o acesso rápido ao atendimento especializado são os principais aliados na preservação das funções neurológicas e na prevenção de sequelas.

📍 Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, oferecemos avaliação especializada, exames de imagem de alta precisão e suporte completo para o tratamento e acompanhamento de pacientes com histórico de AVC. Se você ou um familiar apresenta sintomas suspeitos, não espere — o tempo é cérebro.

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AVC Isquêmico - Dúvidas Frequentes

O que diferencia o AVC isquêmico do hemorrágico❓

O AVC isquêmico ocorre por obstrução de uma artéria cerebral, enquanto o hemorrágico resulta da ruptura de um vaso, causando sangramento no cérebro.

É possível recuperar totalmente após um AVC isquêmico❓

Sim, especialmente se o tratamento for iniciado nas primeiras horas. Quanto mais cedo for o atendimento, maior a chance de recuperação.

Quais exames confirmam o diagnóstico de AVC isquêmico❓

Tomografia, ressonância magnética e angiotomografia são os principais. Exames laboratoriais e cardiológicos complementam a avaliação.

Quem já teve um AVC precisa de tratamento contínuo❓

Sim. O acompanhamento médico contínuo, o uso de medicações preventivas e a reabilitação são fundamentais para evitar recorrência e recuperar funções.

Existe alguma forma de prever um AVC antes que ele aconteça❓

Não exatamente, mas o controle dos fatores de risco (hipertensão, diabetes, colesterol, etc.) reduz consideravelmente as chances. Em alguns casos, o AIT (Ataque Isquêmico Transitório) pode ser um sinal de alerta.

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