CUIDAR DA CIRCULAÇÃO É PROTEGER O CÉREBRO

Doenças Neurovasculares

Aneurisma Cerebral

 

🧠Quando o silêncio de um vaso pode se transformar em emergência


 

1. Introdução

O aneurisma cerebral é uma condição neurológica potencialmente grave, caracterizada pela dilatação anormal de um vaso sanguíneo no cérebro, que pode se romper e causar uma hemorragia subaracnoide — uma emergência médica com alto risco de mortalidade e sequelas.

Em muitos casos, o aneurisma é silencioso e passa despercebido por anos, sendo descoberto apenas por exames de imagem ou após um episódio de sangramento. A boa notícia é que, quando identificado precocemente, é possível adotar medidas para evitar a ruptura e preservar a integridade do cérebro.


 

2. O que é um aneurisma cerebral?

Um aneurisma cerebral ocorre quando a parede de uma artéria enfraquece e se dilata, formando uma espécie de “bolha” ou saculação. Essa dilatação fica mais suscetível a romper, provocando sangramento no espaço ao redor do cérebro (hemorragia subaracnoide) — quadro que exige atendimento imediato.

Existem diferentes formas e tamanhos de aneurisma. Os mais comuns são os saculars, que se formam como uma bolsa em uma bifurcação arterial. A maioria ocorre na base do cérebro, em áreas de maior fluxo sanguíneo.

Nem todo aneurisma rompe, mas o risco aumenta conforme o tamanho, a localização e os fatores associados ao paciente.


 

3. Fatores de risco e causas associadas

Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento e a ruptura de um aneurisma cerebral. Entre os principais:

  • Hipertensão arterial (pressão alta mal controlada)

  • Tabagismo

  • Histórico familiar de aneurisma ou hemorragia cerebral

  • Doenças genéticas, como síndrome de Ehlers-Danlos e doença policística renal

  • Uso abusivo de álcool e drogas ilícitas (especialmente cocaína)

  • Idade avançada

  • Sexo feminino (ligeiramente mais propenso)

A presença de mais de um fator aumenta significativamente o risco de complicações.


 

4. Sintomas e sinais de alerta

Muitos aneurismas são assintomáticos até o momento da ruptura. Quando não rompidos, podem causar sintomas se comprimirem estruturas cerebrais próximas:

  • Dor de cabeça crônica localizada

  • Distúrbios visuais

  • Dor ocular

  • Paralisia de nervo craniano

Quando o aneurisma se rompe, os sintomas são geralmente intensos e súbitos:

  • Dor de cabeça muito forte e abrupta (“a pior da vida”)

  • Náuseas e vômitos

  • Tontura ou perda de consciência

  • Rigidez na nuca

  • Visão dupla ou turva

  • Crises convulsivas

  • Déficits neurológicos focais

A ruptura é uma emergência médica. Quanto mais rápido o atendimento, maior a chance de sobrevida.


 

5. Diagnóstico e exames

A detecção do aneurisma cerebral pode ocorrer de forma incidental (em exames de imagem de rotina) ou após sintomas de rompimento. Os principais exames utilizados são:

  • Angiotomografia cerebral: exame rápido e não invasivo que visualiza vasos cerebrais.

  • Angiografia cerebral digital: método padrão-ouro para avaliação detalhada da anatomia vascular.

  • Ressonância magnética com angiorressonância: útil para investigar aneurismas pequenos ou em locais profundos.

No caso de ruptura, a tomografia de crânio sem contraste é o exame inicial mais indicado para detectar hemorragia subaracnoide.


 

6. Tratamento e acompanhamento

O tratamento do aneurisma depende de sua localização, tamanho, aspecto e risco de ruptura. As opções principais incluem:

  • Observação clínica: para aneurismas pequenos, estáveis e sem sintomas.

  • Clipagem cirúrgica: procedimento neurocirúrgico que coloca um clipe de titânio na base do aneurisma, impedindo o fluxo sanguíneo para a área dilatada.

  • Embolização endovascular (coiling): inserção de espirais metálicas dentro do aneurisma via cateter, promovendo oclusão do fluxo e evitando o rompimento.

Além do tratamento específico, é essencial controlar os fatores de risco, como pressão arterial, colesterol e tabagismo. O acompanhamento com neurologista e neurocirurgião vascular é indispensável.


 

7. Prognóstico e riscos

O prognóstico varia muito conforme o tipo de aneurisma, se houve ou não ruptura e a rapidez do atendimento. A ruptura de aneurisma cerebral pode levar a óbito ou causar sequelas neurológicas severas, como dificuldades motoras, fala comprometida, perda de memória e convulsões.

Por outro lado, aneurismas tratados precocemente e bem acompanhados oferecem boas chances de recuperação total e vida normal.


 

8. Conclusão

O aneurisma cerebral é um inimigo silencioso — muitas vezes imperceptível até o momento crítico da ruptura. Mas com os avanços da medicina e o acesso a exames de imagem de alta definição, é possível detectá-lo antes que cause danos irreversíveis.

📍 Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, oferecemos diagnóstico com exames de imagem precisos e suporte completo para o diagnóstico, tratamento e monitoramento de aneurismas cerebrais. Se você tem histórico familiar ou sintomas compatíveis, agende uma avaliação com nossa equipe.

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Perguntas Frequentes sobre Aneurisma Cerebral

Aneurisma cerebral sempre rompe❓

Não. Muitos aneurismas permanecem estáveis por toda a vida. O risco de ruptura depende de vários fatores como tamanho, localização e estilo de vida do paciente.

Aneurisma causa dor de cabeça❓

A maioria não causa dor. No entanto, aneurismas grandes ou que comprimem estruturas vizinhas podem causar cefaleias localizadas e persistentes.

Existe exame para rastrear aneurisma❓

Sim. Exames como angiotomografia cerebral ou angiorressonância magnética são indicados especialmente em pessoas com histórico familiar ou sintomas sugestivos.

A cirurgia é sempre necessária❓

Não. Em muitos casos, opta-se por monitoramento clínico. O tratamento invasivo é indicado quando o risco de ruptura supera os riscos do procedimento.

Posso ter uma vida normal após tratar um aneurisma❓

Sim, especialmente quando o aneurisma é tratado antes da ruptura. O acompanhamento neurológico e o controle dos fatores de risco são fundamentais para manter a qualidade de vida.

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