Quando a memória, o raciocínio e a identidade começam a se desconectar

Transtornos Cognitivos

Doença de Alzheimer

 

🧠 A perda de memórias que vai além do esquecimento comum

 

1. Introdução

A Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em todo o mundo, representando de 60% a 80% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Trata-se de uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete a memória, o raciocínio, a linguagem e outras funções cognitivas essenciais para a autonomia e qualidade de vida do paciente.

Embora associada ao envelhecimento, o Alzheimer não é uma consequência natural da idade. O diagnóstico precoce, o acompanhamento multidisciplinar e o suporte familiar são fundamentais para oferecer mais dignidade e funcionalidade ao longo do tempo.

 

2. O Que é a Doença de Alzheimer

O Alzheimer provoca a morte lenta e progressiva dos neurônios, especialmente nas regiões do cérebro responsáveis pela memória e pelas funções executivas. Com o tempo, há acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como a beta-amiloide e a proteína tau, que interferem na comunicação entre as células nervosas e causam inflamação e atrofia cerebral.

O sintoma inicial mais comum é a perda de memória recente, mas à medida que a doença avança, o paciente pode apresentar confusão, desorientação espacial e temporal, dificuldade para nomear objetos, problemas de julgamento e, em estágios mais avançados, dependência total para atividades básicas.

 

3. Fatores de Risco

A idade avançada é o principal fator de risco, mas há outros elementos que aumentam a chance de desenvolver Alzheimer, como:

  • Histórico familiar de demência

  • Genética (mutações como a APOE-e4)

  • Baixo nível educacional

  • Hipertensão, diabetes e colesterol elevado

  • Sedentarismo e tabagismo

  • Traumatismo craniano prévio

  • Depressão e isolamento social

Embora nem todos sejam modificáveis, muitos fatores de risco podem ser prevenidos com hábitos saudáveis ao longo da vida.

 

4. Sintomas Típicos por Estágio

A evolução do Alzheimer ocorre em fases:

  • Estágio leve: Esquecimentos frequentes, dificuldade para lembrar nomes e palavras, pequenas falhas em atividades do dia a dia, irritabilidade ou apatia.

  • Estágio moderado: Dificuldade crescente para realizar tarefas cotidianas, confusão, desorientação, alteração de comportamento e linguagem, episódios de agitação ou agressividade.

  • Estágio avançado: Perda da comunicação verbal, incontinência, dificuldade para engolir, acamamento e dependência total.

Cada caso evolui de forma única, e o diagnóstico precoce permite um planejamento mais assertivo.

 

5. Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, feito por neurologista ou geriatra com base nos sintomas e na história do paciente. A confirmação se dá por exclusão de outras causas de demência.

Exames que auxiliam no diagnóstico:

  • Testes cognitivos (MEEM, MoCA)

  • Exames de imagem (ressonância ou tomografia cerebral)

  • Avaliações laboratoriais (vitaminas, tireoide, sífilis, HIV)

  • Exames avançados (PET cerebral com marcador de amiloide ou líquor em centros especializados)

Quanto antes for identificado, melhor será o manejo.

 

6. Tratamento e Cuidados

Não há cura para o Alzheimer, mas o tratamento pode retardar a progressão da doença e aliviar sintomas, preservando a qualidade de vida por mais tempo.

Entre as principais abordagens estão:

  • Medicamentos: Donepezila, Rivastigmina, Galantamina (inibidores da colinesterase) e Memantina.

  • Terapias não medicamentosas: Estimulação cognitiva, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional.

  • Suporte emocional: Psicoterapia e orientação para a família e cuidadores.

  • Adaptações no ambiente: Segurança doméstica, rotinas estruturadas e estímulos positivos.

O envolvimento familiar e uma rede de apoio são fundamentais para o sucesso do tratamento.

 

7. Prevenção e Qualidade de Vida

Embora não haja prevenção absoluta, estudos indicam que manter o cérebro ativo e o corpo saudável pode reduzir o risco. Leituras, aprendizado contínuo, socialização, controle de doenças crônicas, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios são aliados poderosos na proteção cognitiva.

 

8. Convivendo com o Alzheimer

O diagnóstico pode ser doloroso, mas também pode representar o início de uma jornada de cuidado mais consciente e compassiva. Valorizar as capacidades preservadas, estimular a autonomia dentro do possível e oferecer afeto e paciência são gestos que fazem toda a diferença no cotidiano de quem vive com Alzheimer.

 

9. Conclusão

📍Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, realizamos avaliação neurológica completa, exames especializados e acompanhamento multidisciplinar para diagnóstico e manejo da Doença de Alzheimer e outros transtornos cognitivos.

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Doença de Alzheimer – Esclarecendo as Principais Dúvidas

Qual a diferença entre Alzheimer e envelhecimento normal da memória❓ 

O envelhecimento pode causar esquecimentos leves e esporádicos, como não lembrar onde deixou um objeto ou esquecer nomes momentaneamente. Já o Alzheimer causa perda de memória progressiva que afeta a rotina diária, com esquecimento de informações importantes, repetição de perguntas e confusão até mesmo em situações familiares, o que compromete significativamente a autonomia do indivíduo.

A Doença de Alzheimer tem cura❓

Infelizmente, ainda não existe cura para o Alzheimer. No entanto, há tratamentos disponíveis que ajudam a retardar a progressão dos sintomas, aliviar alterações comportamentais e preservar a funcionalidade por mais tempo. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar essas intervenções e melhorar a qualidade de vida do paciente e da família.

Como é feito o diagnóstico do Alzheimer❓ 

O diagnóstico é clínico e envolve avaliação detalhada dos sintomas cognitivos e funcionais do paciente, além de testes neuropsicológicos. Exames de imagem e laboratoriais são utilizados para descartar outras causas e investigar alterações compatíveis com a doença. Em casos mais complexos, exames como PET cerebral ou análise do líquor podem ser indicados.

Pessoas mais jovens podem ter Alzheimer❓ 

Sim, embora seja mais comum após os 65 anos, existem casos de Alzheimer de início precoce, que podem surgir a partir dos 40 ou 50 anos. Esses casos geralmente têm maior associação com fatores genéticos e evoluem de maneira mais rápida, exigindo atenção médica especializada.

O que a família pode fazer para ajudar quem tem Alzheimer❓ 

A família deve oferecer apoio afetivo, paciência e uma rotina estruturada que proporcione segurança e previsibilidade. É fundamental evitar confrontos, estimular a autonomia dentro do possível e adaptar o ambiente doméstico para prevenir acidentes. O acompanhamento com profissionais de saúde, como neurologistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, também faz toda a diferença no cuidado contínuo.

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