Quando a memória, o raciocínio e a identidade começam a se desconectar

Transtornos Psiquiátricos

Depressão Maior

 

🧠 Quando a tristeza ultrapassa o emocional e afeta o corpo e a mente

 

1. Introdução

A depressão maior é um transtorno psiquiátrico sério, muitas vezes subestimado, que vai muito além da tristeza passageira. Trata-se de uma condição que impacta profundamente a vida da pessoa, afetando o humor, o comportamento, a cognição e até mesmo a saúde física. Em muitos casos, os sintomas podem se confundir com doenças neurológicas, como as demências, especialmente em idosos.

 

2. O Que é a Depressão Maior?

Também chamada de transtorno depressivo maior, essa condição é caracterizada por um conjunto de sintomas emocionais, cognitivos e físicos que persistem por pelo menos duas semanas e interferem significativamente na rotina e nas relações da pessoa. A depressão maior não é sinal de fraqueza, falta de fé ou “frescura”, mas sim uma condição médica que exige atenção e tratamento especializado.

 

3. Como Ela Afeta o Cérebro?

Estudos demonstram alterações nos neurotransmissores (como serotonina, noradrenalina e dopamina) e até mudanças estruturais em áreas cerebrais ligadas à memória e às emoções, como o hipocampo. Essa disfunção química explica por que o paciente com depressão sente lentidão para pensar, perda de interesse por atividades antes prazerosas, fadiga constante e, por vezes, até dor física.

 

4. Sintomas Cognitivos e Motores

Em algumas pessoas, a depressão se manifesta predominantemente por sintomas neurológicos. Isso é mais comum em idosos, que podem apresentar:

  • Lentificação dos movimentos e da fala

  • Esquecimentos frequentes ou dificuldade para se concentrar

  • Irritabilidade, apatia e isolamento social

  • Insônia ou sono excessivo

  • Fadiga crônica, sensação de peso no corpo

Esses sinais podem ser confundidos com demência, sendo necessária uma avaliação criteriosa para o diagnóstico correto.

 

5. Fatores de Risco e Gatilhos

A depressão pode surgir por múltiplos fatores, como:

  • Histórico familiar de transtornos psiquiátricos

  • Estresse crônico, luto ou traumas emocionais

  • Doenças crônicas (como diabetes, hipertensão e dores crônicas)

  • Alterações hormonais (como no pós-parto ou menopausa)

  • Uso de substâncias psicoativas

  • Isolamento social e solidão, especialmente em idosos

 

6. Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado em uma entrevista detalhada com o paciente e, sempre que possível, com familiares. A avaliação inclui:

  • Questionários padronizados (como PHQ-9 ou Inventário de Depressão de Beck)

  • Avaliação cognitiva para excluir demências

  • Investigação de possíveis causas orgânicas (como distúrbios hormonais ou carenciais)

Quando há dúvida diagnóstica, pode ser necessário o acompanhamento conjunto com um neurologista, especialmente se houver queixas cognitivas importantes.

 

7. Tratamento da Depressão Maior

O tratamento é multidisciplinar e visa reequilibrar os circuitos cerebrais afetados. As abordagens incluem:

Tratamento medicamentoso

  • Antidepressivos (ISRS, IRSN, tricíclicos, entre outros), ajustados conforme o perfil do paciente

  • Estabilizadores de humor ou antipsicóticos em casos mais complexos

Terapias complementares

  • Psicoterapia (principalmente a terapia cognitivo-comportamental)

  • Atividade física regular, comprovadamente eficaz para melhora do humor

  • Terapias ocupacionais, musicoterapia e práticas integrativas (como meditação e mindfulness)

Em casos graves

  • Internação psiquiátrica pode ser necessária para garantir a segurança e adesão ao tratamento

  • Terapia eletroconvulsiva (TEC) é indicada em situações refratárias

 

8. Prognóstico e Qualidade de Vida

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a grande maioria das pessoas com depressão maior apresenta melhora significativa e retoma sua rotina. É essencial que familiares e cuidadores estejam atentos e acolhedores, evitando julgamentos e incentivando a adesão ao tratamento.


 

9. Conclusão

A depressão maior não é apenas um estado de tristeza, mas uma condição clínica que altera a forma como o cérebro funciona. Quando não tratada, pode simular ou agravar quadros neurológicos, tornando o diagnóstico mais complexo. A boa notícia é que o tratamento é eficaz na maioria dos casos, devolvendo autonomia, alegria e qualidade de vida aos pacientes.

📍 Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, realizamos avaliação clínica e neurológica completa para identificar quando os sintomas depressivos podem ter ligação com alterações neurológicas. Oferecemos um cuidado humanizado e individualizado, com acompanhamento conjunto, se necessário.

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Depressão Maior – Esclarecendo as Principais Dúvidas

Depressão maior é diferente de tristeza comum❓ 

Sim. A tristeza é uma emoção natural e passageira, geralmente relacionada a situações específicas. Já a depressão maior é um transtorno psiquiátrico que persiste por semanas ou meses, afetando diversas áreas da vida do indivíduo, mesmo sem um motivo aparente. Ela impacta o funcionamento do cérebro e exige tratamento profissional.

Quem tem depressão maior pode apresentar sintomas neurológicos❓

Sim. Muitas pessoas com depressão apresentam sintomas como lentidão motora, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga intensa e insônia. Em idosos, esses sintomas podem ser confundidos com demência, exigindo avaliação neurológica cuidadosa.

Depressão causa alterações no cérebro❓ 

Sim. A depressão está associada a desequilíbrios neuroquímicos (como serotonina e dopamina) e pode provocar alterações em áreas como o hipocampo e o córtex pré-frontal, responsáveis por memória, emoções e tomada de decisão. Essas alterações são reversíveis com tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico❓ 

O diagnóstico é clínico e realizado por um profissional de saúde mental ou neurologista. Envolve entrevista, aplicação de questionários padronizados e, em alguns casos, exames complementares para excluir outras causas (como distúrbios hormonais ou carenciais).

Qual o tratamento mais eficaz para depressão maior❓ 

O tratamento costuma combinar:
- Medicação antidepressiva, conforme o perfil do paciente;
- Psicoterapia, especialmente a cognitivo-comportamental;
- Atividades físicas, que ajudam a regular neurotransmissores;
- Terapias complementares, como meditação e arteterapia.
Casos graves ou refratários podem requerer terapia eletroconvulsiva (TEC) ou internação.

A depressão maior tem cura❓ 

Muitos pacientes alcançam remissão total dos sintomas com o tratamento adequado. Em alguns casos, o transtorno pode ser crônico e exigir acompanhamento contínuo, mas é possível viver bem e com qualidade de vida.

Como a família pode ajudar❓ 

A família é essencial no tratamento. Deve:
- Observar mudanças no comportamento;
- Oferecer apoio e acolhimento;
- Evitar julgamentos;
- Incentivar a adesão ao tratamento;
- Estar atenta a sinais de piora ou risco de suicídio.

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