A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença neurológica autoimune, inflamatória e aguda, que atinge os nervos periféricos. Ela provoca uma fraqueza muscular súbita e progressiva, que pode evoluir rapidamente para paralisia.
O sistema imunológico ataca, por engano, a bainha de mielina que reveste os nervos — prejudicando a comunicação entre cérebro e músculos.
A SGB pode ser grave, mas é potencialmente reversível com tratamento rápido e adequado. A recuperação pode levar semanas ou meses e, em muitos casos, é completa.
A Síndrome de Guillain-Barré costuma surgir após infecções virais ou bacterianas. Os agentes mais comuns associados à sua ativação incluem:
Vírus como influenza, citomegalovírus, Epstein-Barr ou Zika;
Bactéria Campylobacter jejuni (frequente em quadros intestinais);
Vacinas (raramente, como reação imune anormal);
Cirurgias ou estados inflamatórios.
Em todos os casos, o corpo reage de forma equivocada, atacando os próprios nervos.
Os sintomas da SGB geralmente começam de forma súbita, com progressão rápida. Os principais sinais incluem:
Fraqueza muscular nas pernas, que pode subir para braços e face (padrão ascendente);
Dormência, formigamento ou perda de reflexos;
Dificuldade para andar ou levantar;
Dor muscular ou nas costas;
Dificuldade para engolir, falar ou respirar (em casos graves);
Em alguns casos, comprometimento autonômico (pressão instável, arritmias).
A progressão costuma ocorrer em dias — por isso, é considerada uma emergência neurológica.
O diagnóstico da SGB é clínico, baseado na observação dos sintomas e evolução rápida da fraqueza. Para confirmar e descartar outras causas, são realizados exames como:
Punção lombar: aumento de proteínas no líquor com poucas células (dissociação albumino-citológica);
Eletromiografia (ENMG): mostra alterações nos nervos periféricos;
Exames de sangue e de imagem para excluir diagnósticos diferenciais.
O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento ainda na fase de progressão, reduzindo complicações.
A SGB requer internação hospitalar imediata, muitas vezes em unidade de terapia intensiva, para monitoramento da função respiratória e cardíaca.
As principais estratégias de tratamento incluem:
Imunoglobulina intravenosa (IVIG): bloqueia os anticorpos nocivos;
Plasmaférese (troca de plasma): remove anticorpos circulantes do sangue;
Fisioterapia precoce e intensiva para recuperação da função muscular;
Suporte ventilatório em casos de falência respiratória;
Acompanhamento multidisciplinar durante a fase de recuperação.
A maioria dos pacientes melhora dentro de semanas ou meses. Em alguns casos, pode haver sequelas motoras leves ou moderadas.
Cerca de 70% a 80% dos pacientes se recuperam totalmente. Outros podem ficar com algum grau de fraqueza residual ou fadiga crônica. Casos graves podem evoluir para dependência de ventilação mecânica, mas com tratamento intensivo, há recuperação significativa.
O suporte familiar, psicológico e reabilitacional faz toda a diferença durante a jornada de reabilitação.
A Síndrome de Guillain-Barré chega sem aviso, exigindo entrega e paciência. O corpo que antes respondia com agilidade passa a depender de cuidados — mas isso também abre espaço para um reencontro com o tempo, o toque, a escuta e o afeto.
Há um caminho de volta, feito de esperança, reabilitação e fé.
“Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças.”
(Isaías 40:31)
A Guillain-Barré é grave, mas tratável. O reconhecimento precoce dos sintomas e o tratamento imediato são determinantes para a recuperação. Com suporte médico e acompanhamento humanizado, é possível voltar a andar, falar, respirar sozinho — e retomar a vida com consciência renovada.
Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, oferecemos atendimento especializado para síndromes neuromusculares agudas e crônicas, com tecnologia, escuta e cuidado integral.
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A SGB tem recuperação na maioria dos casos, especialmente quando tratada de forma rápida. A doença é autolimitada, ou seja, tem um ciclo, e o tratamento acelera e melhora esse processo.
A recuperação pode levar de semanas a meses, dependendo da gravidade. Alguns pacientes voltam ao normal em até 6 meses. Outros podem ter sintomas leves por mais tempo.
Não. A SGB não é transmissível. Ela geralmente aparece como uma resposta imunológica a infecções anteriores, mas não pode ser passada de pessoa para pessoa.
Procure atendimento médico imediato. Quanto antes o tratamento for iniciado, menores as chances de complicações graves como paralisia respiratória.
É raro, mas pode ocorrer uma recidiva em menos de 5% dos casos. Por isso, o acompanhamento neurológico contínuo é importante mesmo após a recuperação inicial.
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