As doenças neurovasculares estão entre as condições neurológicas mais prevalentes e devastadoras em todo o mundo. Elas afetam a circulação sanguínea no cérebro e podem comprometer de forma súbita funções motoras, cognitivas, sensoriais e até mesmo a consciência. Entre os exemplos mais conhecidos estão o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Ataque Isquêmico Transitório (AIT) e as hemorragias cerebrais.
Além de representarem uma das principais causas de morte no Brasil, essas doenças também são responsáveis por milhões de pessoas que vivem com algum grau de incapacidade permanente. Reconhecer os fatores de risco, os sinais de alerta e agir com rapidez são passos fundamentais para salvar vidas e preservar a autonomia funcional dos pacientes.
As doenças neurovasculares são distúrbios neurológicos causados por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. Isso pode ocorrer por obstrução de um vaso sanguíneo (isquemia) ou pelo rompimento de uma artéria (hemorragia), levando à interrupção do fornecimento de oxigênio e nutrientes essenciais para o cérebro.
Como o tecido cerebral é altamente sensível à falta de oxigênio, qualquer interrupção no fluxo pode causar a morte de células nervosas em poucos minutos. Dependendo da extensão e da área afetada, o paciente pode apresentar desde sintomas leves até quadros gravíssimos, com risco de morte ou sequelas irreversíveis.
As doenças neurovasculares compartilham fatores de risco bem definidos, muitos deles modificáveis. O controle adequado dessas condições pode prevenir grande parte dos eventos cerebrais agudos.
Entre os principais fatores estão:
Hipertensão arterial: principal causa de AVCs, especialmente os hemorrágicos;
Diabetes mellitus: agrava o desgaste dos vasos sanguíneos;
Tabagismo e consumo excessivo de álcool: aumentam significativamente o risco de eventos vasculares;
Colesterol elevado: favorece a formação de placas e obstruções arteriais;
Doenças cardíacas, como fibrilação atrial: podem gerar coágulos que migram para o cérebro;
Histórico familiar e idade avançada: aumentam a predisposição genética.
A boa notícia é que, com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico, é possível reduzir drasticamente o risco de desenvolver essas doenças.
O impacto das doenças neurovasculares na saúde pública é imenso. Veja alguns dados que reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce:
🧠 1 em cada 4 pessoas sofrerá um AVC ao longo da vida;
🇧🇷 No Brasil, o AVC é a segunda principal causa de morte e a maior causa de incapacidade funcional em adultos;
🔁 Cerca de 70% dos sobreviventes de um AVC ficam com algum grau de sequela neurológica;
⏱️ O tratamento iniciado nas primeiras horas pode reduzir em até 80% o risco de danos permanentes.
Conhecer os diferentes tipos de doenças neurovasculares é o primeiro passo para agir de forma correta diante de um sintoma súbito. A seguir, os principais quadros clínicos dessa categoria:
Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico
Quando há obstrução de uma artéria cerebral por um coágulo, impedindo o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro.
AVC Hemorrágico
Ocorre devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, com sangramento dentro do cérebro ou nas meninges.
Ataque Isquêmico Transitório (AIT)
Episódio de isquemia cerebral temporária, com sintomas que duram menos de 24 horas. Serve como importante sinal de alerta para um AVC iminente.
Trombose Venosa Cerebral
Formação de coágulos nas veias do cérebro, mais comum em mulheres jovens e associada a fatores hormonais, infecções ou desidratação.
Aneurismas Cerebrais
Dilatações anormais em artérias cerebrais que podem se romper e causar hemorragias graves.
Cada uma dessas doenças será abordada individualmente em nossos próximos conteúdos, com explicações completas e acessíveis para todos.
O tratamento das doenças neurovasculares depende do tipo de evento e do tempo decorrido desde o início dos sintomas. Em casos agudos, a velocidade do atendimento é determinante para o prognóstico. Intervenções como trombólise intravenosa, trombectomia, cirurgia, anticoagulantes ou cuidados intensivos podem salvar vidas.
Além do tratamento hospitalar, o processo de recuperação exige um plano de reabilitação bem estruturado, que pode incluir:
Fisioterapia motora e neurológica;
Fonoaudiologia para reabilitação da fala e deglutição;
Psicoterapia e apoio emocional;
Reeducação alimentar e mudanças no estilo de vida.
A boa notícia é que, com cuidado precoce e adequado, muitas pessoas podem recuperar a independência e retomar suas atividades.
As doenças neurovasculares representam um dos maiores desafios da neurologia moderna, não apenas por sua frequência, mas também pelo alto impacto emocional, funcional e social. A conscientização da população, aliada à prevenção e ao atendimento especializado, é a chave para salvar vidas e preservar o bem-estar.
Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono, oferecemos avaliação neurológica completa, exames avançados e suporte humanizado para o diagnóstico e tratamento das doenças cerebrovasculares. Se você ou alguém próximo apresenta sintomas como fraqueza súbita, fala arrastada ou perda de consciência, procure ajuda médica imediatamente.
📝Clique abaixo para agendar sua consulta com um neurologista especializado. O tempo pode ser a diferença entre a recuperação e a sequela.
Não. O AVC é a manifestação mais conhecida, mas as doenças neurovasculares englobam diversas condições que afetam a circulação cerebral, como aneurismas, tromboses venosas, ataques isquêmicos transitórios (AITs) e malformações vasculares. Nem todas causam sintomas imediatos, mas todas requerem avaliação neurológica.
Os principais sinais são: fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender, perda de visão, tontura intensa, desequilíbrio e dor de cabeça súbita e muito forte. Se houver qualquer suspeita, é fundamental acionar o SAMU (192) imediatamente. Tempo é cérebro.
Sim, muitos pacientes conseguem recuperação total, especialmente se o diagnóstico e tratamento forem feitos precocemente. A reabilitação adequada e o controle rigoroso dos fatores de risco são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e prevenir novas ocorrências.
Embora não exista um “check-up” único para todas as doenças neurovasculares, alguns exames ajudam na prevenção e rastreamento, como o doppler de carótidas, ecocardiograma, ressonância magnética, angiotomografia cerebral, e avaliações neurológicas periódicas, especialmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.
Manter a pressão arterial sob controle, evitar o cigarro, praticar atividade física regular, alimentar-se de forma saudável, controlar diabetes e colesterol, evitar o consumo excessivo de álcool e tratar adequadamente doenças cardíacas são atitudes que reduzem drasticamente o risco. O acompanhamento com neurologista e clínico é essencial.
Nossa equipe está preparada para acolher você com agilidade, respeito e atenção desde o primeiro contato.
Agende com neurologistas e profissionais do sono experientes, prontos para iniciar seu tratamento com precisão e empatia.
Somos uma clínica especializada no diagnóstico e tratamento dos distúrbios do sono, como apneia, insônia, ronco e sonambulismo
Agende uma Consulta