O Ataque Isquêmico Transitório, ou AIT, é frequentemente chamado de “mini-AVC” — mas essa definição pode ser enganosa. Apesar dos sintomas parecerem leves ou passageiros, o AIT não deve ser ignorado: ele é um sinal de alerta grave de que há risco iminente de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) completo.
Detectar e tratar um AIT a tempo pode evitar danos neurológicos permanentes. Por isso, é essencial reconhecer seus sinais e buscar avaliação neurológica especializada o quanto antes.
O AIT ocorre quando há uma interrupção temporária do fluxo sanguíneo cerebral, geralmente causada por um coágulo que bloqueia, por instantes, uma artéria cerebral. Diferente do AVC, essa obstrução é rapidamente revertida pelo próprio organismo, sem causar morte permanente das células cerebrais.
No entanto, o risco está no fato de que o AIT pode ser o prenúncio de um AVC verdadeiro. Estima-se que até 1 em cada 3 pessoas que sofrem um AIT terá um AVC nos próximos dias ou semanas, especialmente se não houver tratamento preventivo adequado.
As causas do AIT são semelhantes às do AVC isquêmico. Entre os principais fatores de risco estão:
Hipertensão arterial
Diabetes mellitus
Colesterol elevado
Tabagismo
Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial
Doença arterial carótida
Histórico familiar de AVC ou AIT
Sedentarismo e má alimentação
A presença desses fatores exige acompanhamento neurológico regular para prevenção de eventos isquêmicos futuros.
Os sintomas do AIT são idênticos aos de um AVC, mas desaparecem em menos de 24 horas — muitas vezes em minutos.
Principais sinais de AIT:
Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo
Dificuldade para falar ou entender
Perda temporária da visão em um olho
Tontura ou desequilíbrio
Confusão mental
Mesmo que os sintomas “sumam”, o risco permanece real. Por isso, todo AIT deve ser tratado como emergência médica.
Após a suspeita de AIT, o ideal é procurar um neurologista imediatamente, mesmo que os sintomas tenham desaparecido. O diagnóstico é clínico, mas os exames ajudam a identificar a causa e o risco de um AVC iminente.
Principais exames:
Ressonância magnética cerebral com difusão
Angiotomografia ou doppler de carótidas
Eletrocardiograma e ecocardiograma
Holter de 24h (avalia arritmias)
Exames laboratoriais (colesterol, glicemia, etc.)
Avaliar o índice ABCD2, que estima o risco de AVC após um AIT, também faz parte da abordagem inicial.
Embora os sintomas do AIT desapareçam, o tratamento é urgente. O objetivo é prevenir um AVC futuro, muitas vezes mais grave e incapacitante.
Medidas de tratamento incluem:
Início imediato de antiplaquetários (como AAS ou clopidogrel)
Controle rigoroso da pressão arterial, glicemia e colesterol
Suspensão do tabagismo e álcool
Início de anticoagulação (em casos de fibrilação atrial)
Acompanhamento com neurologista e cardiologista
Reeducação alimentar e prática regular de exercícios
Em alguns casos, pode ser indicada cirurgia ou angioplastia das artérias carótidas.
O AIT não deixa sequelas neurológicas permanentes — mas seu maior perigo está no que pode vir depois. Até 10% dos pacientes terão um AVC nas primeiras 48 horas após o AIT, e até 30% nos três meses seguintes, se não houver intervenção médica.
O prognóstico é excelente quando o AIT é reconhecido e tratado imediatamente, com mudança no estilo de vida e uso de medicações preventivas.
O Ataque Isquêmico Transitório é uma janela de oportunidade para salvar vidas. Ele representa um aviso do corpo, indicando que algo está errado com a circulação cerebral e que é hora de agir antes que um AVC aconteça.
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No AIT, os sintomas são temporários e não deixam sequelas. Já no AVC, há morte de neurônios e risco de sequelas permanentes.
Não. O AIT é um sinal de alerta crítico. Ignorá-lo aumenta muito o risco de um AVC nos dias ou semanas seguintes.
Somente um neurologista pode fazer essa avaliação com base na história clínica e exames de imagem. Se você teve sintomas neurológicos súbitos e passageiros, procure atendimento.
Sim. E cada novo episódio aumenta o risco de AVC definitivo. A prevenção é a melhor forma de evitar complicações maiores.
Seguir corretamente o tratamento, controlar a pressão, glicemia e colesterol, parar de fumar, adotar uma alimentação saudável e manter acompanhamento neurológico contínuo.
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