O Corpo em Desafio: Quando a Mente Entra em Colapso

Epilepsias e Convulsões

Crises de Ausência

 

🧠 A sutilidade das crises de ausência: como reconhecer e tratar

 

1. Introdução

As Crises de Ausência são um tipo de crise epiléptica, muitas vezes difícil de identificar, especialmente em crianças. Caracterizam-se por breves lapsos de consciência, que podem durar de segundos a até 30 segundos. Durante esse período, a pessoa parece estar “desconectada” do ambiente, com o olhar fixo e sem responder a estímulos. Ao contrário de outras crises epilépticas, as crises de ausência não apresentam movimentos musculares evidentes, o que pode levar a um diagnóstico tardio.

Por se manifestarem de forma sutil, as crises de ausência podem passar despercebidas tanto pelos familiares quanto pelos professores ou colegas de trabalho. Porém, quando não tratadas, essas crises podem afetar significativamente o desenvolvimento escolar e social, especialmente em crianças.

 

2. O que são as Crises de Ausência?

As Crises de Ausência, também conhecidas como “crises de petit mal”, são episódios de perda momentânea de consciência, sem qualquer movimento convulsivo visível. Durante uma crise de ausência, a pessoa interrompe temporariamente sua atividade, fica com o olhar fixo e não responde ao ambiente ao redor. Após o episódio, a pessoa geralmente retoma a atividade como se nada tivesse ocorrido, sem se lembrar da crise.

Essas crises são mais comuns em crianças, especialmente entre 4 e 14 anos, embora também possam ocorrer em adultos. São frequentemente confundidas com distrações ou “sonho acordado”, o que contribui para a dificuldade no diagnóstico precoce.

 

3. Sintomas e Características das Crises de Ausência

Os principais sintomas incluem:

  • Olhar fixo: A pessoa fica com os olhos “vagos” ou fixos, como se estivesse em um estado de desconexão mental.

  • Falta de resposta: Não há resposta a estímulos, como chamar o nome ou tocar na pessoa.

  • Interrupção das atividades: A atividade que a pessoa estava realizando (como conversar ou escrever) é interrompida abruptamente durante a crise.

  • Retorno imediato à atividade: Após a crise, a pessoa retoma as atividades anteriores sem qualquer sensação de cansaço ou confusão, o que pode dificultar a percepção da crise.

Esses episódios podem ocorrer várias vezes ao dia, especialmente em casos mais graves.

 

4. Causas e Fatores de Risco

As causas exatas das Crises de Ausência ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que elas estejam relacionadas a uma atividade elétrica anormal no cérebro. Alguns fatores que podem contribuir para o surgimento dessas crises incluem:

  • Genética: A predisposição genética pode aumentar o risco de desenvolver crises de ausência.

  • Distúrbios cerebrais: Alterações nas áreas do cérebro responsáveis pelo controle das atividades elétricas, como no córtex cerebral.

  • Outras condições neurológicas: Crianças com histórico de outros distúrbios neurológicos, como a epilepsia generalizada idiopática, podem ser mais propensas a desenvolver crises de ausência.

 

5. Diagnóstico das Crises de Ausência

O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação clínica detalhada e exames complementares, como:

  • Eletroencefalograma (EEG): O EEG é o exame mais comum para o diagnóstico das Crises de Ausência. Ele registra a atividade elétrica do cérebro e pode identificar padrões típicos dessas crises.

  • Ressonância Magnética (RM) ou Tomografia Computadorizada (TC): Embora não sejam fundamentais para o diagnóstico, esses exames podem ser usados para excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes.

  • Histórico médico: O relato dos sintomas, a frequência das crises e o histórico familiar de epilepsia ajudam na identificação da condição.

 

6. Tratamento das Crises de Ausência

O tratamento das Crises de Ausência é geralmente feito com medicação anticonvulsivante. Os medicamentos mais utilizados para controlar essas crises incluem:

  • Etossuximida: Um dos medicamentos mais comuns para o tratamento da epilepsia de ausência.

  • Ácido valpróico: Também usado para controlar crises generalizadas, incluindo as de ausência.

Além da medicação, o acompanhamento regular com um neurologista é fundamental para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as doses conforme necessário.

 

7. Prognóstico e Qualidade de Vida

Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com Crises de Ausência pode levar uma vida normal. O controle das crises pode permitir o desenvolvimento escolar e social das crianças, além de prevenir o impacto dessas crises no dia a dia.

No entanto, se não tratadas, as crises podem prejudicar o desempenho escolar e afetar a atenção e concentração, especialmente em crianças. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir uma boa qualidade de vida.

 

8. Conclusão

As Crises de Ausência são uma forma sutil, mas impactante, de epilepsia. Elas podem ser facilmente confundidas com distrações cotidianas, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento. Contudo, com o acompanhamento adequado e o uso de medicamentos anticonvulsivantes, é possível controlar as crises e melhorar a qualidade de vida do paciente.

📍 Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, contamos com uma equipe especializada para o diagnóstico e tratamento das Crises de Ausência. Se você ou alguém próximo está passando por episódios semelhantes, agende uma consulta para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.

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Crises de Ausência - Esclarecendo as Principais Dúvidas

O que são as Crises de Ausência❓

As Crises de Ausência são um tipo específico de crise epiléptica que se caracteriza por breves lapsos de consciência. Durante essas crises, a pessoa pode parecer desconectada do ambiente ao redor, com o olhar fixo e sem resposta a estímulos. Esses episódios são muito rápidos, geralmente durando apenas alguns segundos, mas podem ocorrer várias vezes ao dia. As crises de ausência são mais comuns em crianças, especialmente entre 4 e 14 anos, e podem passar despercebidas por quem está ao redor, sendo confundidas com distração ou sonolência.

Como posso perceber se uma criança está tendo uma crise de ausência❓

As crises de ausência são sutis e muitas vezes difíceis de identificar, principalmente em crianças, já que elas não envolvem movimentos convulsivos. Os principais sinais incluem o olhar fixo e a interrupção súbita de qualquer atividade que a criança esteja fazendo. Após a crise, a criança geralmente retoma o que estava fazendo sem qualquer sensação de cansaço ou confusão. Se esses episódios ocorrerem com frequência, é essencial procurar um neurologista para avaliação.

Quais são as causas das Crises de Ausência❓

As causas das Crises de Ausência não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que estejam relacionadas a uma atividade elétrica anormal no cérebro. Fatores genéticos podem ter um papel importante, já que a condição é mais comum em famílias com histórico de epilepsia. Além disso, distúrbios cerebrais que afetam o controle das atividades elétricas também podem ser uma causa subjacente.

Como é feito o diagnóstico das Crises de Ausência❓

O diagnóstico das Crises de Ausência é baseado no histórico médico do paciente, nos sintomas observados e em exames especializados. O eletroencefalograma (EEG) é fundamental para detectar a atividade elétrica anormal característica das crises de ausência. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética (RM) ou a tomografia computadorizada (TC), podem ser usados para excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes.

Qual é o tratamento para as Crises de Ausência❓

O tratamento das Crises de Ausência geralmente envolve o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que têm como objetivo controlar a atividade elétrica anormal no cérebro e prevenir as crises. O medicamento mais comum para esse tipo de crise é a etossuximida, mas outros anticonvulsivantes, como o ácido valpróico, também podem ser prescritos. É essencial que o tratamento seja acompanhado por um neurologista, com ajustes de medicação conforme necessário, para garantir o controle das crises e a qualidade de vida do paciente.

As Crises de Ausência podem desaparecer com o tempo❓

Em muitos casos, as Crises de Ausência diminuem ou desaparecem à medida que a criança cresce. Porém, isso varia de paciente para paciente. Mesmo quando as crises cessam, é importante continuar o acompanhamento médico, já que algumas pessoas podem desenvolver outros tipos de epilepsia à medida que envelhecem.

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