1. Introdução

As crises epilépticas e convulsões são manifestações clínicas que resultam de descargas elétricas anormais no cérebro. Elas podem ocorrer em qualquer idade e têm causas diversas, variando desde fatores genéticos até lesões adquiridas. O acompanhamento médico especializado é fundamental para o diagnóstico preciso e o tratamento eficaz, que possibilitam ao paciente uma vida com mais segurança, autonomia e qualidade.

2. O Que São Crises Epilépticas e Convulsões?

Crises epilépticas são episódios de disfunção cerebral temporária causados por alterações súbitas na atividade elétrica dos neurônios. Elas podem se manifestar de diversas formas: com movimentos involuntários, perda de consciência, alterações sensoriais ou comportamentais. Quando as crises se repetem sem causa aparente, estamos diante de um quadro de epilepsia — uma condição neurológica crônica que exige investigação e controle.

Convulsões são um tipo específico de crise epiléptica, geralmente associadas a abalos musculares intensos e perda de consciência, mas nem todas as crises epilépticas incluem convulsões visíveis.

3. Fatores de Risco e Causas Comuns

• Genética: Histórico familiar pode aumentar a predisposição a desenvolver epilepsia.
• Traumas cranianos: Acidentes e lesões podem afetar a atividade cerebral.
• Infecções neurológicas: Meningite, encefalite e outras infecções podem desencadear crises.
• Tumores ou má-formações cerebrais: Alterações estruturais no cérebro estão associadas a maior risco.
• AVC (Acidente Vascular Cerebral): É uma das principais causas em pessoas com mais de 60 anos.
• Privação de sono, estresse ou estímulos visuais intensos: Podem precipitar crises em indivíduos suscetíveis.

4. Dados Relevantes

• A epilepsia afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo uma das doenças neurológicas mais comuns.
• Cerca de 70% dos pacientes podem ter controle total das crises com o tratamento adequado.
• No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas vivam com epilepsia, mas muitas ainda enfrentam preconceito e falta de diagnóstico.
• Crianças e idosos são os grupos com maior incidência de crises epilépticas.

5. Principais Tipos de Crises Epilépticas

Aqui você encontra um resumo das principais formas de crises epilépticas. Clique no nome de cada tipo para conhecer mais detalhes sobre os sintomas, diagnósticos e tratamentos.

• Crises de Ausência
  Caracterizadas por breves lapsos de consciência, sem convulsões, geralmente com o olhar fixo. São comuns em crianças e podem passar despercebidas.

• Crises Tônico-Clônicas Generalizadas
  Também chamadas de “convulsões clássicas”, envolvem perda de consciência, rigidez corporal e abalos musculares. Exigem cuidados imediatos durante o episódio.

• Crises Focais
  Iniciam-se em uma área específica do cérebro. Podem ou não causar perda de consciência e manifestar-se com sintomas motores, sensoriais ou emocionais.

• Crises Mioclônicas
  Envolvem contrações musculares rápidas e súbitas, geralmente nos braços ou pernas. Podem ocorrer em diferentes tipos de epilepsia.

• Crises Atônicas
  Caracterizadas por perda súbita do tônus muscular, o que pode causar quedas abruptas e acidentes.

6. Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da epilepsia e das crises convulsivas envolve avaliação clínica detalhada, histórico do paciente, exames de imagem como ressonância magnética, e testes neurofisiológicos como o eletroencefalograma (EEG).

O tratamento inclui o uso de medicações antiepilépticas, que ajudam a controlar as crises na maioria dos casos. Para pacientes com crises refratárias, há alternativas como a cirurgia, a estimulação do nervo vago ou dietas terapêuticas (ex: dieta cetogênica). O acompanhamento multidisciplinar é fundamental para monitorar a resposta ao tratamento e oferecer suporte psicológico e social.

7. Qualidade de Vida com Epilepsia

Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível levar uma vida ativa, trabalhar, estudar e manter relações sociais. A conscientização sobre a doença é essencial para reduzir o estigma e promover inclusão.

Nossa clínica oferece um acompanhamento humanizado, com foco na individualidade de cada paciente, visando o controle das crises e a promoção do bem-estar.