O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Seus impactos vão muito além do controle da glicemia: complicações como a neuropatia diabética podem comprometer profundamente a qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de uma condição neurológica que afeta os nervos periféricos, especialmente das extremidades, e pode causar dor intensa, perda de sensibilidade e até levar a amputações.
Reconhecer os sintomas e agir precocemente é essencial para prevenir as sequelas e preservar a autonomia funcional.
A neuropatia diabética é uma complicação crônica do diabetes provocada pelos altos níveis de glicose no sangue, que, com o tempo, danificam os vasos sanguíneos que nutrem os nervos periféricos. Esse comprometimento leva à degeneração progressiva das fibras nervosas, especialmente em áreas mais distantes do corpo, como os pés e as mãos.
A forma mais comum é a polineuropatia simétrica distal, que evolui de forma lenta, afetando simetricamente os dois lados do corpo e podendo gerar sintomas sensitivos, motores e autonômicos.
A sintomatologia da neuropatia diabética pode variar, mas os sinais mais comuns incluem:
Dormência ou formigamento nos pés e mãos
Dor em queimação ou sensação de choque elétrico
Perda da sensibilidade ao calor, frio ou dor
Dificuldade para andar ou manter o equilíbrio
Feridas nos pés que demoram a cicatrizar
Fraqueza muscular e atrofia
Alterações na sudorese, na digestão ou na função sexual
Em muitos casos, os sintomas surgem de forma insidiosa e progridem lentamente ao longo dos anos.
A glicose elevada cronicamente gera estresse oxidativo, inflamação e danos vasculares. Com o tempo, os nervos deixam de receber nutrientes adequados, resultando em perda da condução elétrica e degeneração axonal. Além disso, o excesso de açúcar altera o metabolismo celular, tornando o ambiente tóxico para as terminações nervosas.
Esse processo pode começar silenciosamente, mas tende a se agravar se não houver controle rigoroso do diabetes.
Existem diferentes apresentações da neuropatia relacionada ao diabetes:
Polineuropatia simétrica distal: a forma mais comum, afeta simetricamente os membros inferiores e superiores, começando pelos pés.
Neuropatia autonômica: atinge os nervos que controlam funções involuntárias, como digestão, batimentos cardíacos e sudorese.
Mononeuropatia: afeta um único nervo, podendo comprometer a face, o tronco ou membros.
Radiculoplexopatia diabética: causa dor intensa e fraqueza nos quadris ou ombros.
Neuropatia craniana: menos comum, pode provocar paralisia facial ou distúrbios oculares.
O diagnóstico envolve:
Avaliação clínica com histórico dos sintomas e exame físico neurológico
Testes de sensibilidade vibratória, térmica e tátil
Estudo de condução nervosa e eletromiografia (ENMG)
Avaliação dos pés: presença de deformidades, calos, infecções ou úlceras
Exames laboratoriais para controle glicêmico e avaliação metabólica geral
É fundamental investigar outras possíveis causas de neuropatia, especialmente em pacientes com diabetes recente.
Embora a neuropatia diabética não tenha cura, é possível controlar seus efeitos com um plano de cuidado estruturado. As principais abordagens incluem:
Controle rigoroso da glicemia: pilar central do tratamento
Medicações para dor neuropática: como pregabalina, gabapentina, duloxetina ou amitriptilina
Cuidados com os pés: inspeção diária, higiene adequada, calçados ortopédicos, corte correto das unhas
Fisioterapia motora e ocupacional: para manutenção da força, equilíbrio e autonomia
Tratamento de infecções e feridas: prevenção de amputações
Orientação nutricional: para suporte metabólico e controle do peso
A educação do paciente é fundamental para a adesão ao tratamento e prevenção de complicações.
Quando diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a neuropatia diabética pode ter seus sintomas controlados e seu avanço desacelerado. O acompanhamento contínuo com equipe multidisciplinar contribui para uma vida mais funcional, com menos dor e mais autonomia.
Pacientes que mantêm níveis glicêmicos controlados tendem a apresentar melhor evolução e menor risco de complicações severas.
A neuropatia diabética é uma das complicações mais comuns e impactantes do Diabetes Mellitus, mas o conhecimento e o cuidado contínuo fazem toda a diferença no seu controle. Identificar os sintomas, agir com rapidez e manter um estilo de vida saudável são medidas essenciais para preservar a saúde dos nervos.
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A neuropatia diabética é uma complicação neurológica do diabetes causada pelo excesso de glicose no sangue ao longo do tempo. Esse excesso danifica os nervos e os vasos que os nutrem, levando a sintomas como dor, formigamento, perda de sensibilidade e fraqueza muscular, principalmente nos pés e nas mãos.
Os primeiros sintomas geralmente incluem formigamento, dormência ou queimação nos pés, perda de sensibilidade ao toque e desequilíbrio ao caminhar. Esses sinais costumam aparecer de forma gradual e muitas vezes são negligenciados pelos pacientes.
Embora a neuropatia diabética não tenha cura, ela pode ser controlada com o manejo adequado do diabetes e com o uso de medicações para alívio da dor. O tratamento precoce pode evitar a progressão dos sintomas e reduzir o risco de complicações mais graves, como úlceras e amputações.
O tratamento envolve controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, uso de medicamentos específicos para dor neuropática, fisioterapia para fortalecer os músculos e, em alguns casos, acompanhamento com ortopedistas ou cuidados com os pés para prevenir lesões.
Não. Embora a neuropatia diabética seja uma complicação comum, especialmente em casos de diabetes mal controlado por muitos anos, nem todos os pacientes desenvolvem a condição. A prevenção é possível com o controle glicêmico adequado, alimentação saudável, atividade física e acompanhamento médico regular.
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