A depressão maior é um transtorno psiquiátrico sério, muitas vezes subestimado, que vai muito além da tristeza passageira. Trata-se de uma condição que impacta profundamente a vida da pessoa, afetando o humor, o comportamento, a cognição e até mesmo a saúde física. Em muitos casos, os sintomas podem se confundir com doenças neurológicas, como as demências, especialmente em idosos.
Também chamada de transtorno depressivo maior, essa condição é caracterizada por um conjunto de sintomas emocionais, cognitivos e físicos que persistem por pelo menos duas semanas e interferem significativamente na rotina e nas relações da pessoa. A depressão maior não é sinal de fraqueza, falta de fé ou “frescura”, mas sim uma condição médica que exige atenção e tratamento especializado.
Estudos demonstram alterações nos neurotransmissores (como serotonina, noradrenalina e dopamina) e até mudanças estruturais em áreas cerebrais ligadas à memória e às emoções, como o hipocampo. Essa disfunção química explica por que o paciente com depressão sente lentidão para pensar, perda de interesse por atividades antes prazerosas, fadiga constante e, por vezes, até dor física.
Em algumas pessoas, a depressão se manifesta predominantemente por sintomas neurológicos. Isso é mais comum em idosos, que podem apresentar:
Lentificação dos movimentos e da fala
Esquecimentos frequentes ou dificuldade para se concentrar
Irritabilidade, apatia e isolamento social
Insônia ou sono excessivo
Fadiga crônica, sensação de peso no corpo
Esses sinais podem ser confundidos com demência, sendo necessária uma avaliação criteriosa para o diagnóstico correto.
A depressão pode surgir por múltiplos fatores, como:
Histórico familiar de transtornos psiquiátricos
Estresse crônico, luto ou traumas emocionais
Doenças crônicas (como diabetes, hipertensão e dores crônicas)
Alterações hormonais (como no pós-parto ou menopausa)
Uso de substâncias psicoativas
Isolamento social e solidão, especialmente em idosos
O diagnóstico é clínico, baseado em uma entrevista detalhada com o paciente e, sempre que possível, com familiares. A avaliação inclui:
Questionários padronizados (como PHQ-9 ou Inventário de Depressão de Beck)
Avaliação cognitiva para excluir demências
Investigação de possíveis causas orgânicas (como distúrbios hormonais ou carenciais)
Quando há dúvida diagnóstica, pode ser necessário o acompanhamento conjunto com um neurologista, especialmente se houver queixas cognitivas importantes.
O tratamento é multidisciplinar e visa reequilibrar os circuitos cerebrais afetados. As abordagens incluem:
Tratamento medicamentoso
Antidepressivos (ISRS, IRSN, tricíclicos, entre outros), ajustados conforme o perfil do paciente
Estabilizadores de humor ou antipsicóticos em casos mais complexos
Terapias complementares
Psicoterapia (principalmente a terapia cognitivo-comportamental)
Atividade física regular, comprovadamente eficaz para melhora do humor
Terapias ocupacionais, musicoterapia e práticas integrativas (como meditação e mindfulness)
Em casos graves
Internação psiquiátrica pode ser necessária para garantir a segurança e adesão ao tratamento
Terapia eletroconvulsiva (TEC) é indicada em situações refratárias
Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a grande maioria das pessoas com depressão maior apresenta melhora significativa e retoma sua rotina. É essencial que familiares e cuidadores estejam atentos e acolhedores, evitando julgamentos e incentivando a adesão ao tratamento.
A depressão maior não é apenas um estado de tristeza, mas uma condição clínica que altera a forma como o cérebro funciona. Quando não tratada, pode simular ou agravar quadros neurológicos, tornando o diagnóstico mais complexo. A boa notícia é que o tratamento é eficaz na maioria dos casos, devolvendo autonomia, alegria e qualidade de vida aos pacientes.
📍 Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, realizamos avaliação clínica e neurológica completa para identificar quando os sintomas depressivos podem ter ligação com alterações neurológicas. Oferecemos um cuidado humanizado e individualizado, com acompanhamento conjunto, se necessário.
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Sim. A tristeza é uma emoção natural e passageira, geralmente relacionada a situações específicas. Já a depressão maior é um transtorno psiquiátrico que persiste por semanas ou meses, afetando diversas áreas da vida do indivíduo, mesmo sem um motivo aparente. Ela impacta o funcionamento do cérebro e exige tratamento profissional.
Sim. Muitas pessoas com depressão apresentam sintomas como lentidão motora, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga intensa e insônia. Em idosos, esses sintomas podem ser confundidos com demência, exigindo avaliação neurológica cuidadosa.
Sim. A depressão está associada a desequilíbrios neuroquímicos (como serotonina e dopamina) e pode provocar alterações em áreas como o hipocampo e o córtex pré-frontal, responsáveis por memória, emoções e tomada de decisão. Essas alterações são reversíveis com tratamento adequado.
O diagnóstico é clínico e realizado por um profissional de saúde mental ou neurologista. Envolve entrevista, aplicação de questionários padronizados e, em alguns casos, exames complementares para excluir outras causas (como distúrbios hormonais ou carenciais).
O tratamento costuma combinar:
- Medicação antidepressiva, conforme o perfil do paciente;
- Psicoterapia, especialmente a cognitivo-comportamental;
- Atividades físicas, que ajudam a regular neurotransmissores;
- Terapias complementares, como meditação e arteterapia.
Casos graves ou refratários podem requerer terapia eletroconvulsiva (TEC) ou internação.
Muitos pacientes alcançam remissão total dos sintomas com o tratamento adequado. Em alguns casos, o transtorno pode ser crônico e exigir acompanhamento contínuo, mas é possível viver bem e com qualidade de vida.
A família é essencial no tratamento. Deve:
- Observar mudanças no comportamento;
- Oferecer apoio e acolhimento;
- Evitar julgamentos;
- Incentivar a adesão ao tratamento;
- Estar atenta a sinais de piora ou risco de suicídio.
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