Os hematomas intracranianos são acúmulos de sangue dentro do crânio que ocorrem após um traumatismo craniano. Essas lesões, mesmo que pequenas inicialmente, podem se expandir e exercer pressão sobre o cérebro, colocando em risco a vida do paciente. A intervenção médica rápida é fundamental para evitar sequelas graves ou morte.
Trata-se de sangramentos que ocorrem entre as camadas protetoras do cérebro ou dentro do próprio tecido cerebral. As formas mais comuns são o hematoma epidural, que ocorre entre o crânio e a dura-máter, e o hematoma subdural, entre a dura-máter e o cérebro. Esses sangramentos podem se desenvolver imediatamente após o trauma ou surgir de forma mais lenta, horas ou até dias depois.
Hematoma Epidural: geralmente associado a fraturas do crânio, costuma ter uma fase inicial de aparente normalidade, seguida de piora rápida. É uma emergência médica.
Hematoma Subdural Agudo: ocorre frequentemente em traumas graves. Evolui de forma mais lenta, mas ainda requer atenção urgente.
Hematoma Subdural Crônico: mais comum em idosos e alcoólatras, pode surgir após traumas leves e causar sintomas progressivos.
Hematoma Intracerebral: sangramento dentro do tecido cerebral. Pode ocorrer por trauma ou por causas não traumáticas, como hipertensão.
Os sintomas variam conforme o tipo, localização e volume do hematoma, mas podem incluir:
Dor de cabeça intensa e persistente
Sonolência ou perda de consciência
Náuseas e vômitos
Confusão mental
Dificuldade na fala
Perda de força em braços ou pernas
Convulsões
Pupilas de tamanhos diferentes
O diagnóstico é feito, na maioria dos casos, por meio de tomografia computadorizada (TC) de crânio. A rapidez nesse exame é vital para a decisão do tratamento. Em casos leves, o tratamento pode ser apenas clínico e de observação hospitalar. Já em casos graves ou com aumento de pressão intracraniana, a intervenção cirúrgica para drenagem do hematoma é necessária.
O prognóstico depende da rapidez no atendimento, do tipo de hematoma e da condição clínica do paciente no momento do diagnóstico. Quando tratados a tempo, muitos pacientes se recuperam bem. No entanto, hematomas não identificados ou tratados tardiamente podem levar a sequelas neurológicas permanentes ou óbito.
Hematomas intracranianos são urgências neurológicas que exigem diagnóstico rápido e tratamento especializado. A atenção aos sinais de alerta após qualquer trauma na cabeça é essencial para evitar complicações graves.
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Não. Embora alguns hematomas, como o epidural, possam se manifestar rapidamente após o trauma, outros, como o hematoma subdural crônico, podem se desenvolver lentamente ao longo de dias ou semanas. Por isso, mesmo traumas aparentemente leves devem ser monitorados com atenção.
Sinais como dor de cabeça que piora progressivamente, sonolência excessiva, vômitos sem causa aparente, confusão mental, dificuldade para falar ou mexer um lado do corpo são indícios de que pode haver aumento da pressão intracraniana. Esses sintomas exigem avaliação médica imediata.
Nem sempre. Em casos menores e clinicamente estáveis, o hematoma pode ser acompanhado com exames de imagem seriados e monitoramento hospitalar. No entanto, hematomas volumosos ou com sinais de compressão cerebral geralmente exigem drenagem cirúrgica.
Pessoas idosas, alcoólatras, indivíduos que fazem uso de anticoagulantes ou que têm doenças vasculares estão mais suscetíveis, mesmo após traumas leves. Crianças pequenas também exigem atenção especial, pois podem não expressar claramente os sintomas.
As sequelas variam conforme a localização e gravidade do hematoma. Pode haver dificuldades cognitivas, alterações motoras, crises convulsivas ou déficits permanentes. O acompanhamento neurológico e a reabilitação precoce são fundamentais para minimizar essas consequências.
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