A lesão medular traumática é uma das condições neurológicas mais desafiadoras, pois impacta diretamente a comunicação entre o cérebro e o corpo. Resultante, na maioria das vezes, de acidentes automobilísticos, quedas ou traumas esportivos, esse tipo de lesão pode comprometer funções motoras, sensoriais e autonômicas, como controle da bexiga e intestinos.
É uma lesão da medula espinhal causada por impacto direto ou por fraturas e deslocamentos da coluna vertebral. A gravidade depende do local e da extensão da lesão. Quando a medula é lesionada na altura cervical, o quadro pode evoluir para tetraplegia (paralisia dos quatro membros). Já lesões em regiões torácicas ou lombares costumam causar paraplegia (paralisia dos membros inferiores).
Além da paralisia, as lesões medulares podem provocar perda de sensibilidade, espasmos musculares, dor neuropática, disfunções sexuais e alterações respiratórias, dependendo da altura da lesão.
As causas mais comuns da lesão medular traumática incluem:
Acidentes de trânsito (moto, carro, bicicleta);
Quedas em escadas, telhados ou em solo irregular;
Mergulhos em locais rasos;
Traumas esportivos (como em esportes de impacto);
Agressões físicas com ou sem arma.
Os sintomas da lesão medular traumática variam conforme a área afetada, mas podem incluir:
Perda completa ou parcial de força muscular;
Falta de sensibilidade ao toque, dor ou temperatura;
Perda de controle da bexiga e intestinos;
Dificuldade respiratória (em lesões cervicais altas);
Espasticidade muscular;
Alterações na função sexual.
A avaliação médica deve ser imediata após qualquer trauma com suspeita de comprometimento medular. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e de imagem, como tomografia da coluna, ressonância magnética e radiografias específicas.
O tratamento pode incluir:
Estabilização imediata da coluna com uso de colares cervicais e pranchas rígidas;
Cirurgias para descompressão e fixação da coluna, quando indicado;
Controle da dor e de complicações, como infecções urinárias e escaras;
Reabilitação precoce com fisioterapia, terapia ocupacional e suporte psicológico.
O prognóstico da lesão medular depende do tipo e nível da lesão. Lesões completas, com perda total de função abaixo do ponto lesionado, geralmente têm recuperação limitada. Já as lesões incompletas podem apresentar algum grau de melhora com o tratamento adequado.
A reabilitação é contínua e multidisciplinar, buscando não apenas ganhos motores, mas também adaptação funcional e reintegração do paciente à vida social, emocional e profissional.
As lesões medulares traumáticas impõem grandes desafios, mas com atendimento rápido, equipe especializada e um plano terapêutico estruturado, é possível promover qualidade de vida e recuperar a autonomia em muitos casos.
📍Na Clínica de Neurologia e Distúrbios do Sono de Maringá, realizamos avaliação neurológica completa, exames de imagem e acompanhamento multidisciplinar para pacientes com lesão medular, desde o diagnóstico até a fase de reabilitação.
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É uma lesão na medula espinhal provocada por trauma direto na coluna, como em acidentes, quedas ou ferimentos. Pode causar comprometimento parcial ou total das funções motoras e sensoriais abaixo do nível da lesão.
Os sintomas variam conforme a região afetada, mas geralmente envolvem perda de movimento, perda de sensibilidade, dificuldade para controlar a bexiga e o intestino, espasmos musculares e, em casos mais graves, paralisia parcial ou total (paraplegia ou tetraplegia).
Não. Fraturas ou deslocamentos vertebrais podem ocorrer sem afetar diretamente a medula. No entanto, qualquer trauma na região cervical, torácica ou lombar deve ser avaliado com urgência para descartar o comprometimento neurológico.
A recuperação depende da gravidade e do local da lesão. Lesões incompletas têm mais chance de recuperação funcional. O tratamento precoce, reabilitação intensiva e acompanhamento contínuo aumentam as chances de melhora.
A avaliação inclui exame neurológico, radiografias da coluna, tomografia computadorizada e, principalmente, ressonância magnética, que permite observar a medula e os tecidos moles com precisão.
Sim. Em muitos casos, é necessária cirurgia para estabilizar a coluna, remover fragmentos ósseos, reduzir compressões na medula ou restaurar o alinhamento vertebral. O tipo de cirurgia depende da extensão e do local da lesão.
A reabilitação é fundamental para promover a adaptação às limitações, prevenir complicações secundárias e maximizar a autonomia e qualidade de vida. Envolve fisioterapia, terapia ocupacional, acompanhamento psicológico e, em alguns casos, uso de tecnologias assistivas.
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