Os gliomas são os tumores mais comuns do sistema nervoso central, originados nas células da glia — responsáveis por proteger, nutrir e dar suporte aos neurônios. Por se desenvolverem diretamente no tecido cerebral, esses tumores podem afetar diversas funções neurológicas, como memória, fala, coordenação motora e comportamento. A gravidade varia de acordo com o tipo de célula envolvida e o grau de agressividade do tumor.
Gliomas são neoplasias primárias do cérebro ou da medula espinhal que têm origem nas células gliais, como os astrócitos, oligodendrócitos e ependimócitos. Eles representam cerca de 80% dos tumores cerebrais malignos primários.
Os principais tipos de gliomas incluem:
Astrocitomas, que podem variar de tumores de crescimento lento até formas agressivas, como o glioblastoma multiforme (o mais frequente e letal dos gliomas);
Oligodendrogliomas, com crescimento mais lento e melhor resposta à quimioterapia;
Ependimomas, mais comuns em crianças e que se desenvolvem a partir das células do sistema ventricular.
A origem dos gliomas ainda não é totalmente compreendida, mas alguns fatores estão associados:
Predisposição genética e síndromes hereditárias;
Exposição prévia à radiação ionizante;
Idade avançada (mais comuns em adultos entre 45 e 75 anos);
Histórico de câncer em outras áreas, embora não seja uma causa direta.
Os sintomas dependem da localização e do tamanho do glioma. Alguns dos mais comuns incluem:
Dor de cabeça persistente e progressiva;
Convulsões, mesmo em pessoas sem histórico anterior;
Alterações cognitivas, como perda de memória e dificuldade de concentração;
Fraqueza em um lado do corpo;
Dificuldades na fala ou na visão;
Náuseas, vômitos e sonolência.
O diagnóstico é realizado com base em exames de imagem e análise do tecido tumoral:
Ressonância magnética com contraste, principal método para localização e avaliação do tumor;
Biópsia cerebral, necessária para confirmar o tipo celular e o grau do glioma;
Exames moleculares, que ajudam a definir o perfil genético do tumor e orientar o tratamento.
A classificação dos gliomas é feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), variando do grau I (menos agressivo) ao grau IV (mais agressivo).
O tratamento dos gliomas é sempre individualizado, considerando o tipo, o grau e a localização do tumor, além das condições clínicas do paciente. As principais abordagens incluem:
Cirurgia, quando é possível remover o tumor ou reduzir sua massa;
Radioterapia, frequentemente associada à cirurgia ou como tratamento principal em casos inoperáveis;
Quimioterapia, com destaque para a temozolomida nos glioblastomas;
Terapias-alvo e imunoterapia, em desenvolvimento para subtipos específicos.
O prognóstico depende do tipo de glioma e da resposta ao tratamento. Gliomas de baixo grau tendem a ter melhor evolução, enquanto os glioblastomas, apesar do tratamento intensivo, têm comportamento mais agressivo e menor sobrevida média.
Pacientes com gliomas podem apresentar alterações funcionais que exigem reabilitação contínua. A fisioterapia, a fonoaudiologia e o suporte psicológico são essenciais para manter a independência e o bem-estar durante e após o tratamento.
O acompanhamento deve ser feito com equipe multidisciplinar, garantindo intervenções precoces em caso de recidiva e suporte integral ao paciente e à família.
Os gliomas são tumores complexos que exigem diagnóstico preciso, tratamento especializado e cuidados contínuos. A identificação precoce dos sintomas e o seguimento com neurologistas e neurocirurgiões aumentam as chances de melhores desfechos clínicos.
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Nem sempre. Embora muitos gliomas sejam classificados como malignos, existem formas de crescimento lento e comportamento menos agressivo, como alguns astrocitomas de baixo grau. No entanto, mesmo os gliomas considerados benignos podem afetar funções vitais por estarem localizados em áreas sensíveis do cérebro.
O glioblastoma é o tipo mais agressivo e comum entre os gliomas, classificado como grau IV pela Organização Mundial da Saúde. Ele apresenta crescimento rápido, alta vascularização e maior resistência ao tratamento. Já outros tipos de glioma, como os oligodendrogliomas ou astrocitomas de grau II, tendem a crescer mais lentamente e responder melhor às terapias.
A cura definitiva para gliomas ainda é um desafio, especialmente nos casos de alto grau. No entanto, em tumores de baixo grau ou quando há diagnóstico precoce, é possível alcançar longo controle da doença com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A medicina tem avançado no tratamento dos gliomas, com novas terapias em estudo que visam aumentar a sobrevida e preservar a qualidade de vida.
Os sintomas iniciais podem ser sutis, como dores de cabeça frequentes e alterações de memória ou comportamento. Em muitos casos, a primeira manifestação ocorre por meio de uma crise convulsiva em um adulto sem histórico anterior. A localização do tumor determina os sintomas, podendo afetar áreas motoras, sensoriais, cognitivas ou da linguagem.
Sim, os gliomas podem apresentar recorrência, especialmente os de alto grau. Por isso, o acompanhamento regular com exames de imagem é fundamental, mesmo após tratamento cirúrgico e complementar. O controle contínuo permite identificar precocemente uma possível recidiva e ajustar o tratamento.
A biópsia é o método definitivo para confirmar o tipo de tumor e orientar o tratamento. Em alguns casos, principalmente quando o tumor está em uma área de risco cirúrgico, pode-se optar inicialmente por exames de imagem e acompanhamento. Contudo, a confirmação histológica é o padrão ideal sempre que possível.
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