Os tumores do sistema nervoso central (SNC) compreendem crescimentos anormais de células que se desenvolvem ou se alojam no cérebro e na medula espinhal. Mesmo os tumores considerados benignos podem comprometer funções vitais, como a memória, a coordenação motora, a fala e a respiração, devido à localização delicada dessas estruturas. Por isso, seu diagnóstico e tratamento são considerados prioridades na neurologia moderna.
Esses tumores podem ser classificados em dois grupos principais:
Tumores primários, que se originam no próprio sistema nervoso, como os gliomas e meningiomas.
Tumores secundários ou metastáticos, que se espalham para o cérebro ou a medula a partir de outros órgãos, como pulmões, mama ou rins.
Podem ser ainda benignos, com crescimento mais lento e menos invasivo, ou malignos, com comportamento agressivo, invasivo e de rápida evolução. Ambos os tipos podem gerar impacto funcional importante, dependendo da localização e do tamanho da lesão.
A causa exata de muitos tumores do SNC ainda é desconhecida, mas alguns fatores de risco são reconhecidos, como histórico familiar e genético, exposição prévia à radiação ionizante, imunossupressão crônica e idade avançada. Tumores metastáticos, por sua vez, resultam da disseminação de neoplasias malignas originadas em outros órgãos.
No Brasil, estima-se que os tumores do sistema nervoso central representem aproximadamente 5% de todos os cânceres em adultos. O glioblastoma multiforme é o tipo maligno mais comum e agressivo entre os tumores cerebrais primários. Em crianças, cerca de 70% dos tumores cerebrais são malignos, exigindo atenção redobrada. Mesmo tumores benignos, como os meningiomas, podem causar sintomas graves se comprimirem áreas críticas do cérebro.
Além disso, tumores metastáticos são ainda mais frequentes do que os primários, refletindo a importância de um rastreamento adequado em pacientes oncológicos.
Entre os principais tipos de tumores cerebrais e medulares, destacam-se:
Gliomas: originados nas células da glia, como os astrocitomas e os glioblastomas.
Meningiomas: surgem nas meninges, geralmente são benignos, mas podem crescer significativamente.
Meduloblastomas: mais comuns na infância, com grande potencial de disseminação pelo líquor.
Schwannomas: tumores benignos dos nervos cranianos, como o neuroma do acústico.
Metástases cerebrais: provenientes de tumores em outros órgãos, como pulmão, mama e rim.
Os sintomas variam conforme a localização, o tipo e o tamanho do tumor. Dor de cabeça persistente, especialmente ao despertar, é um dos sinais mais comuns. Também podem ocorrer náuseas e vômitos em jato, convulsões, alterações cognitivas e de comportamento, fraqueza em um lado do corpo, e dificuldades na fala, visão ou equilíbrio. Muitas vezes, os sintomas aparecem de forma sutil e vão se intensificando progressivamente.
O diagnóstico envolve exames de imagem como a ressonância magnética com contraste, tomografia computadorizada e, em alguns casos, biópsia para definição histológica do tumor. A punção lombar pode ser indicada para avaliação do líquor, especialmente em casos com suspeita de disseminação liquórica.
O tratamento depende do tipo, da localização e da extensão do tumor. Pode incluir cirurgia para ressecção total ou parcial, radioterapia, quimioterapia e terapias alvo. A imunoterapia tem mostrado resultados promissores em casos específicos. A reabilitação neurológica e o suporte multidisciplinar são fundamentais para a recuperação funcional e emocional do paciente.
Mesmo diante de diagnósticos desafiadores, avanços terapêuticos têm permitido ganhos significativos na qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento contínuo com equipe especializada — neurologistas, neurocirurgiões, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais — é essencial para o controle de sintomas, adaptação funcional e apoio familiar.
Intervenções precoces fazem toda a diferença, oferecendo mais tempo de autonomia e bem-estar para o paciente.
Os tumores do sistema nervoso central, mesmo quando benignos, representam um risco importante à saúde neurológica e funcional do paciente. Sintomas como dor de cabeça persistente, convulsões, alterações de comportamento ou perda de força devem ser investigados com atenção. O diagnóstico precoce e o tratamento personalizado são os principais aliados para o controle da doença e preservação da qualidade de vida.
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Não. Existem tumores benignos e malignos no sistema nervoso central. Tumores benignos como os meningiomas geralmente crescem lentamente e não invadem outras estruturas, mas ainda assim podem causar sintomas importantes dependendo da sua localização. Já os malignos, como o glioblastoma, têm crescimento rápido e comportamento mais agressivo.
Os sintomas iniciais podem ser discretos e se confundir com outras condições neurológicas. Dor de cabeça frequente, principalmente ao acordar, alterações na memória, mudanças de comportamento, convulsões, tontura, perda de força ou dificuldade para falar devem ser avaliados por um neurologista. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico.
O principal exame de imagem é a ressonância magnética com contraste, que permite visualizar a localização, o tamanho e as características da lesão. A tomografia computadorizada também pode ser usada, especialmente em emergências. Em alguns casos, é necessária uma biópsia para confirmação diagnóstica e definição do tipo celular do tumor.
A possibilidade de cura depende do tipo, localização e estágio do tumor. Tumores benignos podem ser completamente removidos por cirurgia, com bons resultados. Alguns tumores malignos também respondem bem ao tratamento com cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. O acompanhamento neurológico contínuo é fundamental para controle e suporte à qualidade de vida.
Sim. Tumores que se iniciam em outros órgãos, como pulmões, mama, rim ou pele (melanoma), podem se espalhar para o cérebro. Por isso, pacientes com diagnóstico de câncer devem realizar monitoramento neurológico, especialmente se surgirem sintomas neurológicos novos.
Mesmo após o tratamento, é necessário realizar acompanhamento neurológico periódico com exames de imagem e avaliações clínicas. Isso permite monitorar a evolução, controlar possíveis efeitos colaterais e intervir precocemente em caso de recidiva. A equipe multidisciplinar tem papel essencial nessa fase.
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